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Aposentados e pensionistas do INSS formam um verdadeiro exército em várias regiões do País. Em todo o Brasil, eles somam cerca de 30 milhões de beneficiários, sendo que mais de 300 mil estão na Baixada Santista e Litoral, o que faz Santos ser uma das cidades recordistas em número de aposentados do País.
Além dos segurados do INSS, a cidade conta com milhares de outros aposentados, que integram outros sistemas previdenciários em níveis municipal, estadual e federal. O INSS pagou, no mês passado, 336.539 benefícios na Baixada Santista e o número cresce mês a mês.
Hoje, dia 24 de janeiro, é o Dia Nacional do Aposentado. Sem motivos para comemorações, a categoria se reuniu ontem em Santos, no Sindaport, com as presenças de líderes sindicais da Região, para se organizar em busca de reposição nos benefícios e outros itens como a desaposentação e o fim do fator previdenciário. A manifestação que iria ocorrer na Praça Mauá foi cancelada.
Não é difícil encontrar aposentados pelas esquinas das cidades. Cada qual tem sua história, mais quem ganha acima do salário mínimo reclama da defasagem nos benefícios. Antônio Ferreira, 73 anos, aposentado há 14 anos, diz que ganhava cerca de seis salários mínimos e hoje o benefício é pouco mais do que dois salários mínimos.
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“Tenho que sustentar minha casa e ainda dois netos com esse benefício, pois eu sou a única fonte de renda da família. Não tenho mais plano de saúde, pois ele fica inacessível a partir dos 60 anos. Chega o momento que temos que fazer a opção: ou usamos o dinheiro para compra de alimentos, remédios e para nossa sobrevivência ou para pagar o plano de saúde e sermos condenados a morrer de fome”.
E conclui: “Após a aposentadoria ainda trabalhei por mais quatro anos e, agora, espero poder usar as novas contribuições em outro benefício. Só parei porque minha saúde já não permitia mais minha atividade”.
Outro aposentado: José Francisco Afonso, de 70 anos, diz que o aposentado infelizmente não sabe da força política que tem. “Os aposentados formam um contingente enorme de pessoas, pois além deles, existem também os seus familiares e quase todos dependem diretamente do dinheiro do benefício. Soma-se tudo isso e chega-se a um número muito grande de eleitores”, explica Afonso.
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E conclui:” O Governo tem que ter uma política de reajuste para as aposentadorias igual a que mantém para o salário mínimo, senão daqui alguns anos todos estarão nivelados ao salário mínimo, que ganha aumento real enquanto as aposentadorias só recebem a reposição da inflação”.
Lazer
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Além das manifestações e protestos, os aposentados vão também usufluir de momentos de lazer em suas entidades representativas.
O Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnapi), da Força Sindical, conciliará as reivindicações com momentos de lazer e descontração em sua sede, em São Paulo. Os presentes poderão assistir a atrações musicais e participar de sorteios de brindes e viagens.
Em Santos, a ATMAS promove hoje em sua sede, na Rua São Paulo, 47, baile comemorativo. “É um dia de comemoração, celebração, sem se esquecer do lado político contra tanto descaso e injustiça para quem contribuiu uma vida inteira para o crescimento deste país”, disse Antônio Carlos Domingues da Costa, presidente da ATMAS.
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