Sindical e Previdência

Reajuste para aposentados tem votação adiada na Câmara

Projeto foi retirado de pauta, mais uma vez, frustrando quase 10 milhões de aposentados

Publicado em 18/03/2015 às 12:20

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Cerca de dez milhões de aposentados e pensionistas do INSS, que ganham acima do salário mínimo, terão que esperar para saber se terão direito ao reajuste, idêntico aos índices concedidos ao salário mínimo (inflação mais 50% do PIB dos dois anos anteriores). É que a Câmara Federal não conseguiu votar ontem, conforme estava previsto em pauta, o projeto de lei que estende o benefício à categoria..

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O  Projeto de Lei 7.469/14,  que estende até 2019 a atual política de valorização do salário mínimo, prevendo o reajuste pela variação real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e pela inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, foi retirado de pauta, em nova manobra da ala governista da Câmara.

O adiamento, que vem ocorrendo há duas semanas, irritou parlamentares dispostos a aprovarem o projeto para recompor parte das perdas dos aposentados e pensionistas. Deputados do PSDB e do Psol criticaram a obstrução governista que teve o objetivo de adiar a votação do projeto.

Projeto poderá ser votado na sessão de hoje (Foto: Divulgação)

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Um dos mais revoltados pelo novo adiamento era o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP). Por volta das 19 horas, a reportagem do Diário do Litoral, conseguiu falar, por telefone, com o parlamentar que se encontrava em plenário votando o projeto de lei das domésticas. Ele foi enfático: “O PT manobrou para adiar o projeto. Houve inversão de pauta para que a lei das domésticas fosse votado antes. Vamos ver como vai ficar a pauta de amanhã (hoje), mas é um absurdo esse constante adiamento, pois os aposentados mantêm a expectativa de um aumento real para repor parte das perdas em seus benefícios”, disse Faria de Sá.

O deputado Nilson Leitão (PSDB-MT) disse que o PT perde oportunidade de cumprir uma promessa história de valorização da aposentadoria. “O PT cresceu defendendo estas bandeiras e, agora que está com a caneta na mão, pode defender o pensionista e aposentado, mas vira as costas”, disse.

O líder do Governo, deputado José Guimarães (PT-CE),  com  aval dos partidos da base, conseguiu retirar o projeto da pauta.

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