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Os trabalhadores do Porto de Santos que ocuparam um navio chinês na madrugada de segunda-feira (18) continuam o protesto na manhã desta terça-feira (19), sem perspectiva de deixar a embarcação. De acordo com o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva, o Nei, os sindicalistas não deixarão o navio até que a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) garanta que chineses que chegaram no navio não trabalhem no País. "O navio continua ocupado porque, até o presente momento, a empresa não mudou sua posição e queria trabalhar com mão de obra chinesa", disse Nei.
O navio Zhen Hua 10 transportava equipamentos que serão utilizados na operação do novo terminal da Embraport no Porto de Santos. A empresa garantiu que cumpre "rigorosamente" a legislação vigente e informou, por meio de nota distribuída na segunda-feira, que o desembarque e a montagem dos equipamentos são realizados pelo fabricante, "como usual em todos os portos". O presidente do Sindicato dos Estivadores critica: "Como eles cumprem a legislação querendo trabalhar com mão de obra chinesa? Se eles não procurarem (os sindicatos), continuaremos ocupando o navio até colocarem no papel que vão realmente cumprir a lei."
Na segunda-feira, sindicalistas tentaram chegar a um acordo com a Embraport, sem sucesso, de acordo com Nei. "Pretendemos garantir os direitos dos trabalhadores", afirmou.
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A ação faz parte também dos protestos de portuários contra a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A categoria começou nesta segunda-feira uma mobilização nacional contra alguns pontos da MP, como as novas regras para contratação de mão de obra avulsa.
Desta terça-feira até quinta-feira sindicalistas ligados ao trabalho nos portos de todo o País se reúnem em Brasília para uma plenária nacional que deve estabelecer uma agenda de protestos. Já está prevista para sexta-feira uma paralisação de seis horas no Porto de Santos.
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