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O prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, acaba de obter mais um importante apoio na queda de braço que trava com a Secretaria Especial de Portos (SEP) sobre a proibição da instalação de terminais de exportação de grãos na região da Ponta da Praia, no Porto de Santos. Ninguém menos do que os próprios trabalhadores portuários.
A decisão foi tomada nesta terça-feira durante reunião realizada na sede do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport). O encontro contou com a participação de dirigentes dos sindicatos dos Estivadores, dos Operários Portuários em Capatazia (Sintraport), dos Operadores de Guindastes e Empilhadeiras (Sindogeesp), Consertadores de Carga, Vigias Portuários, Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia, e Trabalhadores de Bloco, além da entidade anfitriã.
Os sindicalistas resolveram prestar total amparo ao prefeito ao tomarem conhecimento da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em ação impetrada pela Advocacia Geral da União (AGU), suspendendo os efeitos da lei municipal Complementar nº 813. Sancionada no final do ano passado, a regulamentação proíbe a instalação de novos terminais naquele trecho do complexo santista.
Para o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, o Governo Federal não deve interferir no cotidiano da cidade. "A movimentação de cargas naquela extremidade do porto vem causando sérios transtornos aos moradores sem falar nos impactos socioambientais causados ao bairro da Ponta da Praia e alguns outros limítrofes".
A opinião é reforçada pelo presidente do Sindogeesp, Guilherme do Amaral Távora. "A qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente devem estar rigorosamente alinhados ao progresso e ao desenvolvimento da atividade portuária", ressaltou. Segundo ele, outros seguimentos da economia local deveriam se colocar ao lado do mandatário do Município.
Marco Antônio Sanches, presidente do Sindicato dos Conferentes, avalia que o prefeito está correto em defender os interesses da população. "É evidente que os avanços do porto estão diretamente ligados ao crescimento da cidade, e a proliferação de prédios naquela região é um claro exemplo disso". Para o dirigente, as partes devem buscar o diálogo na tentativa de colocarem um ponto final na disputa.
O apoio das entidades laborais será dirigido ao prefeito de Santos através de um manifesto assinado pelos respectivos presidentes. "É importante que o prefeito saiba que somos solidários a causa e por tal nos colocamos à disposição da municipalidade", concluiu o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei Oliveira da Silva
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