Sindical e Previdência

Petroleiros param na região por 24h

Mobilização, que não parou produção da RPBC, foi protesto diante do risco de privatização da estatal

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/07/2015 às 19:42

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Petroleiros do litoral paulista deflagraram ontem uma greve de protesto, por 24 horas, paralisando atividades na Refinaria Presidente Bernardes, Terminal Pilões e Termoelétrica (Cubatão), UTGCA (Caraguatatuba), no edifício do Valongo (Santos) e Tebar (São Sebastião).

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Um dos motivos da paralisação nacional é a luta contra a venda de ativos pela presidente Dilma e o Projeto de Lei do Senador José Serra (PSDB) que tenta privatizar a Petrobras.

Diante do risco iminente de privatização da empresa, através do plano de negócios e da tentativa de entrega do pré-sal às petrolíferas estrangeiras e por conta de que a Petrobras vive hoje um dos maiores ataques já sofridos desde a quebra do monopólio estatal do petróleo, na década de 1990. Os petroleiros tiveram apoio de várias entidades sindicais e também da central sindical Intersindical.

Segundo os dirigentes da Intersindical e dos petroleiros a greve foi apenas o início de uma grande luta em defesa da Petrobras e da soberania nacional do país.
Sindicalistas afirmaram nos protestos que o pré-sal brasileiro tem reservas de 300 bilhões de barris. Destes 60 bilhões foram descobertos pela Petrobras. Tudo isso vale 6 trilhões de dólares. Com isso o Brasil tem autossuficiência para mais 50 anos e será um dos 10 maiores produtores de petróleo mundial.

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“A Petrobras é a única entre as 5 maiores do setor que aumenta a produção. Exxonmobil (EUA), Britsh Petroleum (britânica), Shell (anglo-holandesa) e Chevron (EUA) estão em queda. Estão golpeando a Petrobras para fatia-la”, alerta Eneida Koury, secretaria geral do Sindicato dos Bancários e da coordenação nacional da Intersindical.

Grevistas pararam ônibus que chegava à refinaria (Foto: Divulgação)

“Nossa trajetória de luta é por um governo que represente os trabalhadores, contra a terceirização, contra o ajuste fiscal, contra a privatização da Petrobras e de qualquer serviço público como acontece com as OSs. Vamos construir uma greve geral juntamente com movimentos sociais, políticos e sindicais do país. Só resta ao trabalhador muita unidade e luta”, afirmou Ricardo Saraiva Big, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical.

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Não afetou produção

A greve não chegou a afetar a produção da refinaria, segundo informou a empresa. Os petroleiros que estavam no turno de quinta-feira permaneceram no local.

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