Sindical e Previdência

Perdas nos benefícios do INSS já atingem 81,77%

Reajuste de 5,56% rebaixa 372 mil aposentados para o salário mínimo. Cobap diz que discriminação no reajuste atinge mais de 9,5 milhões de aposentados

Publicado em 19/01/2014 às 03:29

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Desde a implantação do Real, em julho de 1994 e a partir da política de valorização do salário mínimo, iniciada em 2003, os aposentados e pensionistas do INSS sofrem perdas acentuadas em suas rendas, pois não são contemplados pelo Governo Federal com reajustes acima da inflação.

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A Confederação Brasileira dos Aposentados diz que em termos percentuais, as perdas salariais já alcançam 81,77% no período de setembro de 1994 a janeiro deste ano, quando o reajuste foi o repasse do INPC, de 5,56%.

Segundo a entidade, essa discriminação do reajuste atinge mais de 9,5 milhões de aposentados e pensionistas e traz consequências sé-rias para o bem-estar dessa população.

Por um lado gera maior endividamento, através dos empréstimos consignados, por outro lado, os aposentados e pensionistas que se encontram na faixa salarial entre 1 e 2 salários mínimos caem, ano após ano, para o valor do piso previdenciário (salário mínimo). Esse número alcançou 372 mil pessoas após o anúncio do novo reajuste de 2014.

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Aposentados vão manter mobilização neste ano na tentativa de recuperar perdas em seus benefícios (Foto: Arquivo/DL)

A Cobap diz que lamenta profundamente esse descaso do governo para com os aposentados e pensionistas e não admite o argumento de que a previdência não tem dinheiro ou que o aumento real vai quebrar o sistema previdenciário.

A entidade nacional dos aposentados já propôs, inclusive, que o índice de reajuste dos aposentados e pensionistas fosse a média do crescimento das remunerações salariais dos trabalhadores da ativa. Porém, nenhuma proposta é aceita.

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Manifestações

A direção da Cobap prepara o dia 24, Dia do Aposentado, manifestações em todo o País contra o Governo Federal.

Ao longo do ano de 2013 a inflação demonstrou que está mais resistente do que pensa o governo federal, principalmente no final do ano quando voltou a disparar. Com isso, a disseminação dos reajustes nos preços de itens básicos para a sobrevivência é total.

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Segundo o IBGE, 69,3% dos produtos e serviços pesquisados pelo órgão apontaram crescimento. As causas foram variadas, tais como a alta do dólar, a alta nos produtos da alimentação, combustíveis e o setor de transporte.

A Cobap vai insistir para que o Governo crie um sistema diferenciado de reajuste aos aposentados neste ano., baseado em pesquisa no custo de vida do idoso.

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