Sindical e Previdência

País tem 62 milhões de pessoas que não procuram emprego

No Brasil 6 milhões não encontram emprego, e 62 milhões nem procuram, aponta pesquisa do IBGE

Publicado em 02/06/2014 às 10:55

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O Brasil tem mais de 62 milhões de pessoas que não trabalham e nem procuram emprego e outros 6 milhões que estão à procura de emprego, mas não encontram.

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Esta contrastante realidade do País faz parte de uma pesquisa ampliada do IBGE, iniciada em janeiro e interrompida em março, sobre o mercado de trabalho. O objetivo foi fazer um levantamento para entender como o desemprego cai a despeito do fraco desempenho da economia do País.

Os dados mostram que cresce o número de brasileiros empregados, que atingiu, no final do ano passado, 92 milhões, ou 57% das pessoas em idade de trabalhar.

A surpresa da pesquisa ficou por conta do número elevado de pessoas desempregadas, que não procuram emprego e nem estão trabalhando na informalidade. O crescimento deste segmento foi verificado em todas regiões do País, com mais ênfase na região norte/nordeste.

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Número de pessoas empregadas no Brasil atinge 92 milhões (Foto: Matheus Tagé/DL)

São cerca de 62 milhões  de pessoas(ou 39% das pessoas em idade de trabalhar)  que não trabalham nem procuram emprego -e, como não procuram, não são considerados desempregados, fazendo com que o índice de desemprego no País não reflita a realidade.

Como a pesquisa foi interrompida, falta esclarecer com todos os detalhes a composição desse grupo: quantos são os que optaram por estudar mais, os que mantêm trabalhos informais, os que recebem amparo assistencial do Governo Federal  e os que simplesmente desistiram de procurar emprego e que vivem com qualquer outro tipo de rendimento.

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Os desempregados, segundo o IBGE, são apenas 4% das pessoas em idade de trabalhar, ou 6% dos que procuram emprego.

Governo incentiva o desprezo pelo trabalho

“Governo incentiva o desprezo pelo trabalho e essa pesquisa desmente o pleno emprego apregoado pelo atual Governo que, com seus programas sociais, acaba incentivando o desprezo pelo trabalho” diz o deputado federal Roberto Freire(PPS/SP). Ele esteve na redação do DL e informou que o maior programa social do Governo petista incentiva esse quadro degradante mostrado pelo IBGE

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.”É o efeito’ nem-nem’ que atinge 62 milhões de pessoas”, diz Freire. “Nem estão empregados e nem procuram emprego, mascarando a realidade do desemprego no País, que é feito sempre dentro do universo de pessoas desempregadas que estão à procura de emprego”, explica.

Quem está desempregado, segundo revela o deputado federal, e não procura emprego, é porque tem um motivo:, se encontrarem simplesmente perdem o benefício do Bolsa Família. “Só entre jovens de 15 a 29 anos, segundo a pesquisa do IBGE, 9,6 milhões não estudam e nem trabalham”.

Freire conclui alegando que existe no Brasil um incentivo contra o trabalho. “O bolsa família foi estendido recentemente para adolescentes de até 15 anos, aumentando o tempo de distribuição dessa renda para as famílias, cujos pais e responsáveis, acabam se acomodando. E para não perderem o benefício, não saem em busca de colocação no mercado de trabalho. Ou seja: não se  interessam pela procura do emprego”.

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Desemprego é o maior para meses de abril em 4 anos

A taxa de desemprego nos 39  municípios da região metropolitana de São Paulo passou de 11,5%, em março,  para 11,6%, em abril, o que é considerado praticamente estável.

Em relação ao mesmo mês dos anos anteriores desde 2004, no entanto, o percentual em relação à População Economicamente Ativa (PEA) foi o maior desde 2010, quando a taxa de desemprego ficou em 13,3%.

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É o que mostra a  Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

O total de desempregados foi estimado em 1,277 milhão, quase a metade do número calculado no conjunto das seis regiões metropolitanas onde é feita a pesquisa (R$ 2,324 milhões).

Na região metropolitana de São Paulo , o mês de abril foi caracterizado por um ingresso de concorrentes no mercado de trabalho bem acima da capacidade de absorção. Foram criadas 27 mil vagas, mas surgiram 43 mil pessoas querendo emprego. 

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