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Mais de 150 homens estão na praça ao lado da Alfândega, na esquina com a Rua Brás Cubas, em frente ao prédio onde funciona o escritório da operadora portuária Embraport.
O motivo da concentração é o fato da empresa não ter requisitado as duas categorias ao órgão gestor de mão-de-obra (Ogmo) para os serviços em seu terminal, na margem esquerda do porto.
Os presidentes e diretores dos dois sindicatos aguardam ser recebidos pela direção da empresa, enquanto o número de trabalhadores presentes aumenta, convocados pelas redes sociais.
Segundo o presidente em exercício do Sintraport, Claudiomiro Machado ‘Miro’, a empresa, “apesar de operar na área do porto organizado, se nega a requisitar as duas categorias”.
O sindicalista estranha “a alegação da Embraport de que adotou a medida com aprovação do governo federal. Será que chegamos a esse ponto?”. O protesto avança pela tarde.
A audiência dos sindicatos e das três federações nacionais de portuários (FNP, FNE e Fenccovib) com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, nesta segunda-feira (1), em Brasília, será um dos principais assuntos de assembleia conjunta dos trabalhadores da Codesp, na noite desta terça-feira (2), em Santos.
A Codesp é a Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal federal que tem 1.450 empregados, todos reclamando da morosidade de implantação de um plano de cargos e salários. A assembleia será às 20 horas, no Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport).
A audiência com Gleisi Hoffmann, no final da tarde desta segunda-feira, contou também com a participação das centrais CUT, Força Sindical e CGTB. O assunto foi a regulamentação da nova lei dos portos (12.815, de 5 de junho de 2013).
O presidente em exercício do Sindicato dos Operários Portuários, Claudiomiro Machado ‘Miro’, que participou da reunião com a ministra de Dilma Rousseff, revela que a Codesp deverá implantar o realinhamento salarial dentro de 60 dias.
Ele informou, de Brasília, que o sindicato recebeu um ofício nesse sentido, na tarde desta segunda-feira, do presidente da Codesp, Renato Barco. Segundo o sindicalista, o documento será detalhado na assembleia conjunta desta terça.
Os codespanos, historicamente conhecidos por doqueiros, estão em estado de greve’ desde 24 de maio. Além do Sindaport, com 900 representados, e do Sintraport, com 300, também integram as categorias da Codesp os sindicatos dos advogados, administradores, contabilistas, trabalhadores em processamento de dados, desenhistas e jornalistas.
Capatazia
Na quarta-feira (3), às 9 horas, o Sintraport fará assembleia específica para os trabalhadores avulsos de capatazia, que também serão informados sobre a audiência em Brasília. Eles conhecerão ainda as propostas das empresas Transchem e Eldorado sobre operações com celuloses.
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