Sindical e Previdência

Manifestação das centrais sindicais promete parar São Paulo hoje

Trabalhadores vão protestar contra Governo Federal. Baixada Santista estará presente

Publicado em 09/04/2014 às 11:03

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Cerca de 50 mil pessoas são esperadas hoje na manifestação organizada pelas centrais sindicais denominada  8º Marcha da Classe Trabalhadora, que promete parar São Paulo. A concentração começa, por volta das 8 horas, na Praça da Sé. A partir das 10 horas, os manifestantes saem em passeata em direção à Avenida Paulista. 

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O protesto é contra o Governo Federal e uma das bandeiras é o fim do fator previdenciário. A Baixada Santista estará presente ao evento, com caravanas que sairão de todas as cidades, em ônibus fretados pelas centrais sindicais e sindicatos da região.

Os  presidentes das 6 centrais sindicais que participam da organização das manifestações, concederam, na segunda-feira, uma coletiva de imprensa no edifício sede da União Geral dos Trabalhadores (UGT), para elencar as principais reivindicações contidas na “Agenda da Classe Trabalhadora”, documento construído em consenso com as maiores centrais sindicais do País e que motivou a grande mobilização na capital paulista.

Os sindicalistas alertaram que a Agenda da Classe Trabalhadora segue exigindo muitas das demandas reivindicadas em outras oportunidades, mas que, infelizmente, permanecem sem ser atendidas pelas autoridades políticas do País, entre elas: 

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Uma das bandeiras de luta da mobilização é o fim do fator previdenciário (Foto: Agência Brasil)

- Fim do fator previdenciário;
- Redução dos juros e do superávit primário;
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salário;
- Não ao PL 4330 da terceirização;
- Igualdade de oportunidades para homens e mulheres;
- 10% do PIB para a Educação;
-10% do orçamento na União para a Saúde;
- Manutenção da política de valorização do Salário Mínimo;
- Regulamentação da Convenção 151 da OIT;
- Combate à demissão imotivada, com aprovação da Convenção 158 da OIT;
- Valorização das aposentadorias;
- Transporte Público de qualidade; e
- Fim dos leilões do petróleo. 

A 8º Marcha da Classe Trabalhadora visa a busca de um diálogo programático e permanente com as principais autoridades políticas dos três poderes constituídos – Executivo; Legislativo e Judiciário. As lideranças sindicais solicitam um encontro com a presidenta da República, Dilma Rousseff; com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros; com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves; com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa e com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Antonio José Barros Levenhagen.

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A Marcha será encerrada na Avenida Paulista. Os organizadores prepararam um documento com as principais reivindicações dos trabalhadores brasileiros que será encaminhado às autoridades logo após o encerramento da Marcha. 

Os sindicalistas esperam uma grande mobilização

O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, abriu o encontro informando que o Brasil vai ocupar a presidência da maior entidade sindical do mundo, a CSI, presente em mais de 180 países.  “Vivemos no movimento sindical, um momento de unidade, de coesão e de conquistas”, disse Patah.  

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O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, lembrou que a Agenda da Classe Trabalhadora vêm sendo discutida e debatida desde 2010 e lembrou que, no ano passado, a Marcha das Centrais em Brasília enviou um documento à presidente Dilma elencando os principais pontos da Agenda da Classe Trabalhadora. Para o presidente da Força Sindical, a Marcha de hoje “representa a reafirmação da unidade das centrais em torno dessas pautas”. 

O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos lembrou que bandeiras antigas do movimento sindical como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário, e a extinção do Fator Previdenciário, permanecem ignoradas pelo poder público. No caso da redução de jornada, o sindicalista salienta: “Buscamos isso desde a promulgação da nossa Constituição Federal, em 1988. Entra governo, sai governo e não vemos vontade política para atender à essa importante demanda dos trabalhadores”, argumentou. 

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