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O segundo dia de paralisação dos bancários foi marcado pela adesão de mais 1.137 agências e centros administrativos em todo o Brasil, segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). No total, são 7.282 unidades fechadas, um aumento de 18,5% em relação ao primeiro dia de paralisação. Os canais de autoatendimento, como caixas eletrônicos e serviço de internet banking, continuam funcionando normalmente.
Um dos maiores centros administrativos do País, o Bradesco Cidade de Deus, em Osasco, na Grande São Paulo, também aderiu à greve com cerca de 11 mil trabalhadores. De acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, em Osasco e região, 32 mil funcionários pararam, em 659 locais de trabalho.
A presidente do sindicato, Juvandia Moreira, afirmou que a greve não tem data prevista para acabar. Segundo a sindicalista, os bancários ainda aguardam negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A categoria reivindica reajuste salarial de 11,93% - cerca de 5% de aumento real -, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Os trabalhadores também acusam os bancos de impor metas abusivas de produtividade e recorrência de assédio moral.
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"O bancário está insatisfeito. O setor é o que tem a maior rentabilidade e fez uma proposta sem aumento real. A indignação só faz a adesão aumentar", explica Juvandia.
Em nota, a Fenaban explicou que é recorrente que as lideranças tenham um calendário próprio para as paralisações, independente de negociação. A entidade informou que respeita o direito à greve, mas fará o que "for necessário e legalmente cabível para garantir o acesso da população e funcionários aos estabelecimentos bancários".
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Na segunda-feira, 23, haverá uma assembleia, às 17h, para fazer um balanço dos três dias de greve e decidir os rumos do movimento. No dia seguinte, a categoria fará uma passeata na Avenida Paulista, a partir das 16h, com concentração no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
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