Sindical e Previdência

INSS volta a atender, mas peritos mantêm paralisação

Com isso, segurados doentes ou acidentados estão em dificuldades em conseguir passar pela perícia médica para obter benefício por incapacidade

Publicado em 02/10/2015 às 11:33

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A greve dos servidores do INSS terminou ontem com a volta do atendimento ao público nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo País. Na região de Santos, a greve, de 85 dias, fechou cinco agências: São Vicente, Guarujá, Itanhaém, Miracatu e Registro.

Mesmo com o fim da greve dos servidores e a  reabertura das agências, os  segurados doentes ou acidentados,  podem enfrentar problemas para fazer a perícia médica. É que a paralisação dos médicos peritos do INSS, que teve inicio  em 4 de setembro, não acabou.

A Previdência  Social orienta o segurado para ligar no telefone 135 para confirmar se sua perícia será realizada antes de ir até o posto de atendimento.

Segundo as informações da Associação Nacional dos Médicos Peritos, desde o início da greve, em todo o Brasil, 264.278 perícias médicas deixaram de ser feitas.

Os peritos querem aumento de 27% e incorporação das 30 horas semanais, mas ainda dependem de um acordo com o governo. Quem precisa passar pela perícia para conseguir benefício por incapacidade está enfrentando dificuldades.

 Médico Caio Baddini de Paula: atendimento está ocorrendo dentro do que determina a lei de greve (Foto: )

A Associação dos Peritos informa que a categoria mantém atendimento de 30%  dos segurados, só que para se conseguir agendamento está difícil.

Reivindicações

Os médicos peritos do INSS não possuem data base ou plano de carreira homologado na Justiça e estão sendo ignoradas pelo Governo Federal.

O movimento se encaminha para o 30º dia, apesar das inúmeras tentativas de abertura de diálogo.

Segundo representantes da categoria, os peritos são os mais interessados na solução do impasse. A diretoria da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social) protocolou diversos ofícios que não surtiram efeito.

“Faz mais de quatro anos que estamos nessa situação aviltante, sem um centavo de reajuste e, pior, sem qualquer perspectiva de se chegar a um consenso graças à intransigência e falta de interesse do Governo; mesmo assim, queremos trabalhar, desde que nos sejam asseguradas a criação de um plano de carreira, adequação da jornada de trabalho e a reposição da inflação” – explica o médico Caio Baddini de Paula, que responde pela entidade nos nove municípios do litoral paulista.

Por iniciativa dos próprios médicos, um terço dos peritos segue atendendo na região. “Os segurados e a população não podem sofrer o ônus dessa intransigência governamental. Eles também são vitimas. Por isso, atendemos de acordo com nossas possibilidades, mas sempre dentro do que determina a lei de greve”, finaliza Baddini. 

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