Uma reunião na próxima terça-feira (27) pode decidir se o fator previdenciário será ou não votado na quarta-feira (28), na Câmara Federal. O impasse está causando revolta nos líderes sindicais de trabalhadores e aposentados, que prometem nova vigília na Câmara.
“Temos que continuar exercendo pressão junto aos
deputados e manter vigília na Câmara Federal, para que o projeto sobre o fim do fator seja colocado em votação”, disse ao Diário do Litoral, o sindicalista Luiz Carlos Motta, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio do Estado de São Paulo (Fecomerciários), entidade que representa 2,5 milhões de trabalhadores.
Ele esteve, na sexta-feira (23), na Colônia de Férias da Fecomerciários, em Praia Grande, e informou que não faltou mobilização em Brasília, na semana passada, quando o projeto era para ser votado, mas acabou não entrando na pauta por falta de consenso entre deputados e governo. “Temos que manter a mobilização, mais posso adiantar que, na terça-feira, o Governo vai se reunir com as centrais sindicais para buscar um consenso e na quarta-feira o projeto pode ir a votação”., concluiu Motta, que também é diretor da Força Sindical.
Entenda o que é fator
O fator previdenciário é uma fórmula que leva em conta o tempo de contribuição do trabalhador, sua idade e a expectativa de vida dos brasileiros no momento da aposentadoria. Assim, quanto menor a idade na data da aposentadoria e maior a expectativa de sobrevida, menor o fator previdenciário e, portanto, menor o benefício recebido.
Quanto mais velho e quanto maior for o tempo de contribuição do trabalhador, maior será o valor da aposentadoria. Segundo informação da Câmara, anualmente o IBGE pesquisa a expectativa de vida do brasileiro, que tem aumentado nos últimos anos - o benefício reduz sempre que a expectativa de vida cresce.
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O fator previdenciário foi instituído em 1999, e a luta por sua extinção já dura 13 anos. Em 2010, o presidente Lula vetou sua extinção.