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O comando de greve dos agentes penitenciários de São Paulo decidiu ontem, liberar as visitas íntimas e de parentes aos detentos neste fim de semana nas unidades prisionais do Estado. Os grevistas ameaçavam suspender as visitas, caso o governo não retomasse as negociações, mas mesmo assim recuaram, para não ferir a lei de greve.
A liberação foi decidida após assembleias realizadas na noite de quinta-feira, 20, nas quais a categoria votou pela manutenção do movimento, que paralisa, segundo os sindicatos, 150 das 158 unidades prisionais existentes no Estado de São Paulo.
As visitas serão realizadas hoje e amanhã, entre 8h e 16 h. “Decidimos manter o atendimento às visitas porque não podemos penalizar os presos. Nossa divergência é com o governo do Estado, que teima em não negociar com a categoria, embora esteja divulgando o contrário”, disse o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp), Daniel Grandolfo.
Os grevistas continuaram ontem com os bloqueios nas unidades prisionais e novamente a Tropa de Choque e a Força Tática da PM foram acionadas para fazer cumprir a remoção de detentos. Segundo o Sindasp, foram registradas ocorrências entre PMs e grevistas nos Centros de Detenção Provisória (CDPs) de algumas cidades.
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Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) diz que apenas 88 unidades estão com serviços prejudicados pela greve e voltou a lembrar que os sindicatos foram notificados da liminar que os proíbem de impedir os serviços da comunidade carcerária.
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