Sindical e Previdência
A paralisação é nacional e atingirá também a Justiça Eleitoral. Categoria faz manifestação em frente ao Fórum da Justiça Federal de Santos, no Centro, a partir das 12h.
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A greve no Poder Judiciário Federal, que engloba as Justiças Federal, do Trabalho, Militar e Eleitoral, começa hoje, com a realização de um ato público em Santos. A concentração será às 12h, em frente ao prédio de Justiça Federal, na Praça Barão do Rio Branco, Centro. O foco da luta é a reposição das perdas salariais, que já somam, segundo líderes sindicais da categoria, mais de 40%.
O sindicato da categoria em Santos informa que o movimento é nacional e já paralisa Brasília, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e outros estados. Na Baixada Santista a greve vai atingir a Justiça Federal e do Trabalho de Santos e a Justiça do Trabalho em Praia Grande, São Vicente, Guarujá e Cubatão.
A diretora do Sintrajud, entidade sindical que representa os servidores em São Paulo, Lynira Sardinha, afirma que “o movimento já começará forte e esperamos a realização de um grande ato para marcar o inicio do movimento paredista na região nesta quarta-feira”.
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Eleitoral
O sindicato informa que a paralisação por tempo indeterminado também vai atingir a Justiça Eleitoral, que neste momento organiza o pleito eleitoral de outubro. Além do arrocho salarial, os servidores da eleitoral lutam por melhores condições de trabalho, aumento no quadro de servidores efetivos e pela aprovação do projeto de lei 7027/13, que garante isonomia entre chefes de cartório do interior e das capitais, cria função comissionada para assistentes de cartório e cargos nas zonas eleitorais.
Amanhã, os servidores da Baixada Santista e outras regiões vão a São Paulo para participar de um grande ato em frente à sede do TRE na capital paulista. Segundo Enio Mathias, diretor do Sintrajud, a concentração na Eleitoral tem como objetivo incentivar a adesão dos servidores e fortalecer o movimento grevista no Estado.
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A avaliação dos sindicalistas é que a necessidade de mobilização é urgente. Por um lado arrocho salarial está pesando no bolso da categoria, O reajuste de 15% parcelado em três vezes conquistado na greve unificada de 2012 mal repôs a inflação do período, por outro, o Congresso Nacional está finalizando a proposta orçamentária para 2015. A greve, portanto, terá a função de forçar Dilma Rousseff (PT) a enviar ao Congresso Nacional os valores orçamentários do reajuste até o dia 31 de agosto.
Outra frente de luta é pela aprovação projeto salarial (PL 6613/09), parado na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) desde 2009. Os servidores querem pressionar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a fazer valer a independência orçamentária e financeira do Judiciário.