Sindical e Previdência

Greve dos correios entra em seu 11º dia

Além de reajuste, categoria luta também por mais segurança para o trabalho dos carteiros

Publicado em 28/09/2013 às 10:39

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A greve dos empregados nos Correios da Baixada Santista entra hoje em seu 11º dia. A categoria espera por uma proposta da empresa a ser feita entre hoje e segunda-feira, para decidir o rumo do movimento grevista. Além do reajuste nos salários, uma outra reivindicação é considerada prioritária pela categoria: a segurança no trabalho.
 
Entre os quase 1.300 empregados na Baixada Santista, mais de 300 foram vítimas de assaltos, segundo levantamento feito pelo sindicato da categoria.
 
O presidente da entidade, Francisco José Nunes, o Kiko, diz que essa questão tem trazido enorme insegurança aos carteiros e também problemas de saúde, com o abalo psíquico e emocional. “Um companheiro, de Praia Grande, foi assaltado 47 vezes, sendo o re-cordista. Imaginem como está o seu emocional? Outro foi assaltado três vezes num só dia”, menciona o sindicalista.
 
“Precisamos de mais segurança, pois os roubos estão ocorrendo em todos os cantos. Como pode um trabalhador ser alvo e vítima de bandidos de forma constante. Onde está a segurança? ”, indaga Kiko.
 
Funcionários dos Correios esperam por uma proposta da empresa (Foto: Luiz Torres/DL)
 
Sobre a greve, ele diz que as mercadorias estão chegando aos postos de distribuição da Região, mas não está havendo entrega, pois esse setor está quase todo parado com a greve.
 
Carteiros falam de insegurança e dos assaltos que foram vítimas

Assaltos contra funcionários de Correios parece ter virado uma rotina na região. É o que relatam ao Diário do Litoral alguns carteiros, sendo que um deles foi roubado com arma apontada para sua cabeça por 47 vezes em menos de dois anos.
 
Walter Alexandre está há 17 anos nos Correios. Trabalha em Praia Grande e desde 2011 vem sendo constantemente assaltado. “Foram 47 vezes, sem contar as vezes em que consegui fugir e escapar”, diz o funcionário dos Correios.
 
Alessandra Fonseca Fernandes está há 3 anos nos Correios e sofreu quatro assaltos num espaço de três meses. Todos na Zona Noroeste, em Santos. “Os ladrões levam não só a bolsa com material dos Correios, como também nossos pertences, como carteira, celular e até alianças. Uma colega foi assaltada e levaram até os óculos dela”, diz a funcionária.
 
Margaret da Rocha Lima está há 13 anos na empresa. Trabalha também na Zona Noroeste e foi assaltada sete vezes, sendo quatro só na Vila Pelé, no Jardim Rádio Clube. “Os ladrões me ameaçaram com revólveres e facas e levaram a mochila dos Correios. Eu fiquei sem quatro celulares, além de outros pertençes”, relata.
 

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