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Pontos de ônibus lotados e longas horas de espera. Essa cena se repete ao longo das ruas de Cubatão desde que os 260 motoristas e cobradores da Viação Translíder entraram em greve, nesta segunda-feira (12). Em assembleia organizada pelo Sindicato dos trabalhadores em Transportes Rodoviários, a paralisação foi decidida na noite deste domingo (11). Mais de 100 funcionários participaram da assembleia.
O motivo da greve, é o não pagamento dos salários de outubro, que deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil de deste mês. A paralisação vai afetar mais de 22 mil passageiros que necessitam do transporte público para trabalhar, e de 2.600 estudantes que usam os ônibus para ir e voltar das escolas municipais.
A partir do horário de saída do primeiro coletivo, às 4h40 da madrugada, os trabalhadores estarão reunidos na porta da garagem da empresa, na Rua Tenente Coronel PM Geraldo Aparecido Correia, 61, na Vila Elizabeth. O objetivo é impedir a saída dos 64 ônibus convencionais e dos 46 micro-ônibus (que transportar alunos).
Essa é a primeira vez que os salários não são pagos. O sindicato espera que a empresa entre em acordo e quite a dívida com os trabalhadores o mais rápido possível. Além de pedir que a população entenda a posição dos cobradores e motoristas de se recusarem a trabalhar de graça.
O departamento jurídico do sindicato vai protocolar um dissídio coletivo de greve no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em São Paulo, e encaminhar denúncia sobre o atraso nos salários ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Ainda nesta segunda, para tentar resolver o problema, o sindicato pretende também requerer uma mesa redonda na Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Santos.
Uma outra assembleia está marcada para as 18 horas, na subsede do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, em Cubatão, para discutir possíveis propostas da Translíder.
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