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Após quase um mês paralisados, os quase 2,5 mil funcionários da Volvo em Curitiba (PR) encerraram nesta segunda-feira, 1, a greve, considerada a mais longa da história da montadora no País. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec), a paralisação chegou ao fim após trabalhadores aprovarem em assembleia, pela manhã, a nova proposta da empresa em relação ao valor da primeira parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que aumentou de R$ 5 mil para R$ 8 mil. O montante era o principal entrave ao fim da paralisação, iniciada em 8 de maio após a empresa anunciar o fechamento do segundo turno da produção de caminhões, gerando um excedente de 600 trabalhadores.
Pelo acordo que possibilitou o fim da greve, trabalhadores aceitaram a proposta da empresa de colocar esses 600 metalúrgicos considerados excedentes em lay-off (suspensão temporária dos contratos) até dezembro, sendo cinco meses por conta do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dois com salários pagos integralmente pela Volvo. A empresa não assumiu compromisso de estabilidade no emprego desses trabalhadores.
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Os metalúrgicos também aceitaram a proposta da montadora de lançar um Plano de Demissão Voluntária (PDV), que pagará salários como se os funcionários tivessem trabalhado até 15 de dezembro, mais um pacote de um a quatro salários (dependendo do tempo de empresa) e o PLR de 2015.
Trabalhadores também aceitaram o reajuste salarial com base apenas no acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), sem aumento real, como propôs a empresa. A data-base será em setembro. Pelo acordo, o PLR foi estabelecido em um valor referencial de R$ 30 mil, baseado no total produzido pela montadora no ano passado, mas que poderá ser reduzido de acordo com o nível de produção deste ano. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, os 24 dias parados durante a greve serão compensados por meio de banco de horas até 2017. Procurada, a Volvo não se pronunciou sobre o fim da greve.
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