Sindical e Previdência

Governo recua e vai conceder 8,37% de aumento a portuários

Diante do atendimento à reivindicação, a greve nacional de portuários prevista para a próxima segunda-feira deve ser suspensa durante assembleia que ocorre hoje à noite

Publicado em 25/06/2015 às 11:27

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Os portuários de Santos e de todo País devem suspender hoje à noite, em assembleias, a greve nacional prevista para a próxima segunda-feira (29)., pois o Governo Federal cedeu às pretensões da categoria e vai conceder reajuste de 8,37%.

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O fato ocorreu depois de um longo impasse e diante da ameaça da greve nacional nos portos públicos, que envolveria todos os doqueiros das companhias docas estatais. Inicialmente, a campanha salarial, cuja data–base é junho, começou com uma proposta de 5%, subindo posteriormente para 8%.

Sindicalistas portuários se reuniram na noite de terça-feira, em Brasília, com o ministro da Secretaria de Portos (SEP), Edinho Araújo, que deu a notícia de que o Governo iria atender ao reajuste pretendido pela categoria.

A proposta governista inclui ainda um aumento de 2% a ser pago em 1º de janeiro do próximo ano, como forma de antecipação às eventuais perdas inflacionárias que serão apuradas pelo IPCA ao término do período compreendido entre 1º de junho de 2015 e 31 de maio e 2016. O percentual adiantado será descontado do índice total a ser verificado na data-base do próximo exercício.

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Dessa forma, segundo explica Everandy Cirino, presidente do Sindaport, o aumento salarial de 2016 fica em aberto contrariando interesses do Governo que, através das administradoras portuárias, inicialmente havia proposto o reajuste escalonado de 15%, sendo 8% neste ano e 7% em 2016, prontamente recusado pelos trabalhadores.

Greve, prevista para ocorrer dia 29, deve ser suspensa por doqueiros hoje à noite (Foto: Matheus Tagé/DL)

“Não tínhamos como aceitar uma oferta engessada e totalmente às cegas, principalmente porque as projeções para a economia brasileira apontam para um cenário crescente de inflação e consequente perdas salariais que lá na frente vão se revelar muito acima do que nos foi proposto”, explicou Cirino.

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As tratativas entre ministro e lideranças sindicais resultaram também na manutenção de todas as cláusulas, econômicas e sociais, constantes dos acordos coletivos anteriores. Ameaçada de ser extinta durante o processo negocial, a data-base dos portuários foi garantida por Edinho Araújo durante a reunião, que também contou com a participação do presidente da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Eduardo Guterra, e do 1º Secretáriodo do  Sindaport, Edilson de Paula Machado.

Assembleia

Em Santos, a proposta será avaliada pelos colaboradores da Companhia Docas de São Paulo (Codesp) na assembleia conjunta que será realizada à noite, na sede do Sindaport. Ela vai envolver os trabalhadores representados pelos sindicatos: operários portuários (Sintraport); operadores de guindastes e empilhadeiras (Sindogeesp); rodoviários; engenheiros; processadores de dados; jornalistas; desenhistas; administradores; advogados; e contabilistas, além do Sindaport.

Elaborados de forma linear e válidos por dois anos (2015 - 2017), os termos do novo acordo coletivo de trabalho proposto pela SEP abrangem os empregados das sete administradoras portuárias federais.

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