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Enviado a Brasília
Está difícil para os aposentados conseguirem um reajuste maior que a inflação neste ano. É que o Governo Federal está empurrando as decisões sobre o tema e também sobre o fim do fator previdenciário, sempre alegando que os temas estão em fase final de estudos.
O que a categoria já obteve foi a criação da Secretaria do Aposentado e Idoso, e um grupo de trabalho foi criado na reunião da última semana em Brasília, para viabilizar sua implantação, o que deve ocorrer no dia 24 de janeiro de 2014, Dia Nacional do Aposentado.
Diante do impasse, os aposentados prometem ampliar a mobilização. “O Governo quer sacrificar e até crucificar os aposentados, mas nós vamos dar a volta por cima com muita pressão e mobilização, pois não podemos mais esperar por aumento real diante de benefícios tão defasados”, justificou Warley Martins, presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap), entidade com participação nas reuniões com o Governo e Centrais Sindicais.
O líder dos aposentados diz que no dia 1º de outubro haverá uma grande manifestação na Esplanada dos Ministérios em Brasília, e que um aposentado será “crucificado” em público, representando o sacrifício da categoria imposta pelo Governo.
Fator previdenciário
Outro tema que está emperrado é a extinção do fator previdenciário. No encontro, que se realizou no Ministério da Previdência Social, houve uma grande frustração pelo fato de não ter havido o anúncio do reajuste e também a extinção do fator previdenciário. Com isso, o anúncio sobre o fim do redutor de benefícios foi, mais uma vez, adiado.
O Diário do Litoral apurou no Ministério da Previdência que o Governo Federal vai se utilizar da fórmula 85/95 para substituir o fator previdenciário, mas pretende torná-la progressiva. Com isso, a idade e o tempo de contribuição vão aumentar conforme cresce a expectativa de vida do brasileiro.
Categoria diz que encontro em Brasília não foi produtivo
A Cobap diz que o encontro não foi tão produtivo. “As lideranças esperavam que o Governo apresentasse soluções eficazes para atender as principais reivindicações da categoria. Porém, nada disso ocorreu, pois os ministros ainda não tinham em mãos as decisões da presidente Dilma”, explica Warley.
Ele diz que esse aparente descaso das autoridades com os aposentados deixou muitos dirigentes irritados durante a reunião. “A enrolação demonstra claramente que o Governo PT não sabe qual direção tomar e que não tem intenções para melhorar a vida de milhões de aposentados e trabalhadores da ativa”.
Governo, entretanto, confirmou que vai reativar Conselho Nacional de Seguridade Social e novo Grupo Técnico discutirá a Secretaria do Aposentado, Pensionista e idoso.
A reunião foi liderada pelo secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e pelo Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, além de representantes da Secretaria dos Direitos Humanos.
Sobre os demais temas, como fim do fator previdenciário e reajuste, o Governo não se pronunciou.
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