Sindical e Previdência
A paralisação foi aprovada na noite desta quarta-feira (2), em assembleia que lotou o auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil
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Os 1.400 empregados da Progresso e Desenvolvimento de Santos (Prodesan), empresa de economia mista controlada pela prefeitura, farão greve na segunda e terça-feira (7 e 8).
A paralisação foi aprovada na noite desta quarta-feira (2), em assembleia que lotou o auditório do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil (Sintracomos).
O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, publicará nesta sexta-feira (4), o aviso oficial à Prodesan, à prefeitura e à população, cumprindo formalidade da lei de greve (7783-1989).
Já nesta quinta-feira (3), por meio de ofício, ele avisará a empresa e a prefeitura. A categoria rejeitou reajuste salarial de 6,5% e cesta básica de R$ 90, embora tenha aceitado o vale-refeição de R$ 18.
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Na quinta-feira da próxima semana (10), após o feriado estadual de quarta-feira (9), o sindicato promoverá assembleia diante da sede da Prodesan, na esquina das avenidas Ana Costa e Francisco Glicério.
A concentração para a assembleia será a partir das 6 horas, quando Macaé espera ter em mãos nova contraproposta para apresentar à categoria. Conforme o resultado, a greve será retomada.
Nesse caso, o sindicalista promoverá passeata da categoria pela Avenida Ana Costa, em direção ao Paço Municipal, no Centro de Santos, para nova concentração, dessa vez na Praça Mauá.
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O presidente do Sintracomos adianta que manterá 30% do efetivo em atividade nas unidades de saúde, para não prejudicar o atendimento à população.
Com data-base em maio, a categoria reivindica reajuste salarial de 10%. Macaé negociou com o presidente da empresa, Odair Gonzalez, e com o secretário municipal de gestão, Fábio Ferraz.
O pessoal está em ‘estado de greve’ desde 13 de junho, e o confirmou em assembleia na quarta-feira da semana passada (25), em assembleia que também lotou o auditório do Sintracomos.
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Rodoviários
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e região, Valdir de Souza Pestana, que tem representados na Prodesan, participou da assembleia.
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Segundo ele, os motoristas também participarão da greve e o sindicato cumprirá as formalidades da lei de greve, acompanhando o que for decidido pelo Sintracomos
A categoria
Cerca de 650 empregados trabalham na limpeza de escolas, policlínicas, centros de convivência, monumentos, túneis, feiras-livres e eventos festivos.
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Mais: desassoreamento de canais, escoamento de águas pluviais, coleta de resíduos volumosos, triagem de lixo reciclável, assessoria de limpeza urbana e transbordo, transporte e disposição final dos resíduos.
A diretora do sindicato Maria Bernardete explica que, apesar de várias empreiteiras prestarem serviços para a prefeitura, “nenhuma se iguala, em qualidade e presteza, à Prodesan”.
Ela cita como exemplo a empreiteira que ficou de limpar o Museu Pelé um dia antes da inauguração: “A terceirizada simplesmente abandonou a tarefa e foi substituída eficientemente pela Prodesan”.
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A sindicalista reclama, por outro lado, que os contratos da prefeitura com a empresa de economia mista têm valores defasados e que “isso precisa ser corrigido”.
Asfalto
Na usina de asfalto da empresa, a única da região que atualmente fornece o produto para os nove municípios da Baixada Santista e Litoral, trabalham cerca de 250 pessoas.
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Se houver a greve, a usina terá grande prejuízo, pois, atualmente, ela está produzindo cerca de quatro vezes mais que sua média mensal de três mil toneladas.
Isso acontece, segundo Maria Bernardete, porque as usinas da Terracom e da Intercement, que também atendem a região, estão interditadas pela Cetesb.
Em fevereiro, segundo ela, a Prodesan produziu 12 toneladas de asfalto e atendeu principalmente São Vicente e Praia Grande. Seus trabalhadores operacionais ganham piso de R$ 1.300.
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A sindicalista pondera que os salários dos demais 450 empregados dos setores de informática, gráfica, administrativo, transportes e outros “também estão baixos”.
Ela explica que o pessoal da Terracom, que presta serviços de limpeza à prefeitura, e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tiveram reajustes acima do proposto na Prodesan.