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O Dia do Trabalho foi uma grandiosa festa em São Paulo promovida por centrais sindicais, com shows e sorteios de prêmios, entre elas 19 carros novos. Já, em Santos e em outros locais do País, os trabalhadores não tiveram motivos para festas e realizaram atos públicos, manifestações e muitos protestos contra o fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, aumento real nos beneficios dos aposentados, entre outros.
Em Santos, o ato foi em frente a Estação da Cidadania, na Avenida Ana Costa. Na Praça Campo de Bagatelli, Zona Norte de São Paulo, a festa foi total.
A bandeira de luta foi levantada pela Força Sindical: reajuste nos salários quando a inflação atingir 3%, uma espécie de gatilho salarial que vigorou no País na década de 80. Um milhão de pessoas passaram pelo 1º de Maio das centrais em São Paulo.
Os sindicatos ligados à Força Sindical iniciarão a partir de amanhã, uma campanha nas portas empresas: sempre que a inflação chegar a 3% os dirigentes sindicais vão reivindicar o repasse do valor correspondente nos salários, informou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, em discurso realizado no ato político durante a comemoração do 1º de Maio.
A comemoração reuniu as centrais sindicais – Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central – começou às 7h com a apresentação dos novos talentos e a partir das 9 horas iniciou a transmissão pela Rádio Tupi. 20 artistas consagrados se apresentaram entre os sorteios dos carros.
No ato político participaram o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os ministros Manoel Dias, do Trabalho, e Gilberto Carvalho, da secretaria geral da Presidência da República, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além dos senadores Rodrigo Rolemberg (PSD-DF), e o deputado Roberto Santiago (PSB-SP).
Em Santos, ato público pede fim do fator previdenciário
Ato público pedindo o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho, foi realizado ontem em Santos, em frente a Estação da Cidadania, na Avenida Ana Costa.
O presidente do Sindicato dos Urbanitários e coordenador regional da UGT, Marquito Duarte, afirmou que o 1º de Maio é um dia de reflexão e de pensar em ações futuras.
Além disso, quer uma luta unificada pelo fim do fator previdenciário e queixou-se das inúmeras ações do Poder Judiciário que interferem nas organizações. Uriel Villas Boas, da CTB, o evento de ontem foi um ato simples e simbólico, já que não houve shows e distribuição de brindes, como na Capital.
O sindicalista Carlos Alberto Cardoso, o Platini explicou que a entidade está voltada para debater vários temas e propor propostas, na ótica dos trabalhadores, aos governantes. O responsável pela Força Sindical na Baixada, Herbert Passos Filho , disse que o ato foi importante para voltar a costurar uma união das lideranças sindicais de Santos.
Integrante da Nova Central e líder do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Santos (Sintrasaúde), Paulo Pimentel destacou a rica história do movimento sindical para Santos, a primeira do Brasil a celebrar o Dia do Trabalhador, em 1896. “É preciso ressaltar as lutas de companheiros que foram perseguidos e desapareceram pelo empenho em defesa dos trabalhadores”, frisou.
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