Fim do fator previdenciário é a principal bandeira de luta das centrais

As centrais sindicais voltam a se reunir na próxima quarta-feira, em São Paulo, para intensificar a luta pela pauta trabalhista, que inclui como uma das prioridades, a luta pelo fim do fator previdenciário, que desde que foi criado, em 1999, já tirou mais de R$ 60 bilhões do bolsos do trabalhador”

“O Governo tira compulsóriamente este montante enorme dos bolsos dos trabalhadores  no momento da aposentadoria para repassar às empresas, uma vez que a desoneração na folha de pagamento está causando um rombo de bilhões nos cofres do INSS”, diz Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista e coordenador da Força Sindical, entidade com 35 sindicatos filiados na região, representando cerca de 500 mil trabalhadores na Baixada Santista, Litoral e Vale do Ribeira.

“Nós temos que mobilizar os trabalhadores e voltar a pressionar o Governo para acabar com este nocivo redutor das aposentadorias que achata cada vez mais os já minguados benefícios  dos segurados do INSS”, menciona Passos.

Outro sindicalista, Paulo Pimentel, PP, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde da Baixada Santista e coordenador da Nova Central Sindical de Trabalhadores na região, diz que o Governo Federal já teve muito tempo para acabar com o fator, “mas  continua adiando o fato, pois está lucrando mais de R$ 10 bilhões por ano”. E acrescenta: “Se o Governo já lucrou mais de R$ 60 bilhões, que diga-se de passagem, saiu do bolso dos trabalhadores, do seu sacrifício e suor em muitos anos de trabalho, porque ele vai querer “matar” a  sua galinha de ovos de ouro?”, indaga  Pimentel, que é o mais antigo sindicalista em atividade na Baixada.

Ele menciona que existe um clamor nas ruas pelo fim do fator. “Uma das bandeiras de luta da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST)é o fim do fator previdenciário. O nosso presidente nacional, José Calixto, tem orientado as sedes estaduais e regionais a lutar pelo fim do redutior de aposentadoria e a mobilizar os trabalhadores com esse objetivo”.

Já o presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, diz que  a central sindical está decidida em intensificar a luta pela Pauta Trabalhista, que tem, entre outros itens, o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a correção da tabela do Imposto de Renda e a queda nas taxas de juros.