Sindical e Previdência

Estivadores mantém sua resistência

Com protesto, estivadores rejeitam vagas com vínculo em terminal portuário da Embraport

Publicado em 21/06/2013 às 13:18

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“Nós sabemos que estamos sozinhos na luta, e somos a única trincheira de resistência ao trabalho com vínculo empregatício, que é caminho para desemprego em massa na estiva, e por isso mesmo, vamos resistir para evitar a nossa extinção”.

A afirmação é de Rodnei Oliveira da Silva, Nei, presidente do Sindicato dos Estivadores, cuja categoria promoveu protesto ontem em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, e depois saiu em passeata pelo Centro e fez  ruidosa manifestação em frente ao prédio onde funciona o escritório da Embraport.

Tudo porque a empresa encaminhou expediente ao Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), solicitando a contratação com vínculo de emprego de 30 estivadores, com salário de R$ 1.073,00 e não compareceu a uma reunião  no Ministério do Trabalho (DRT), o que fez aumentar a revolta da categoria.

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“Estiva unida, jamais será vencida”, foi a tradicional frase proferida em meio a protestos com faixas e cartazes (Foto: Matheus Tagé/DL)

Da DRT, os estivadores foram para a porta da Embraport, em manifestação ruidosa, porém, pacífica. Na portaria, ocorreu  incidente com uma confusão entre o presidente Rodnei, alguns diretores e advogados do sindicato com os porteiros do prédio que se recusaram a receber um ofício com a nova data da mesa redonda no ministério, marcado para a próxima segunda-feira, às 13h30.

Funcionários da Embraport alegaram que não havia ninguém em cargo de chefia para receber o ofício.

Nei disse que se para alguns sindicatos portuários o vínculo significa a garantia do mercado na atividade, para os estivadores essas contratações causam desconforto na medida em que ameaça colocar um ponto final a uma tradição quase centenária, o trabalho portuário pelo método avulso.

Para ele, a oferta contraria os entendimentos preliminares mantidos com a Embraport e a reunião de ontem na DRT serviria para esclarecer essa questão.

“Nossos contatos iniciais com a direção do terminal foram satisfatórios e abordaram a utilização da estiva através do sistema de distribuição avulso administrado pelo Ogmo, e fomos surpreendidos com essa intenção de desestabilizar nosso mercado de trabalho e com um salário aviltante, tendo em vista que a média salarial da categoria é de R$ 4 mil”.

Embraport

A Embraport informa que já está em negociação e mantém diálogo constante com os sindicatos dos trabalhadores portuários para fechar acordos específicos com cada categoria.

O objetivo, segundo a empresa, é ter trabalhadores contratados pelo regime da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), pois esse regime oferece maior segurança ao trabalhador portuário.

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