Sindical e Previdência
Após uma greve de seis horas realizada na última segunda-feira, o Sindicato dos Estivadores ameaça paralisar, outra vez, por 12h, as operações dos principais terminais de contêineres
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Uma nova greve poderá paralisar as operações dos cinco principais terminais de contêineres do Porto de Santos. Foi essa a decisão tomada pelos trabalhadores portuários, avulsos e vinculados, ligados ao Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão em concorrida assembleia realizada na manhã da última quartafeira.
Ainda sem data definida, o movimento paredista aprovado pretende suspender por 12h, período equivalente a dois turnos de trabalho, as atividades da Brasil Terminal Portuário (BTP), Ecoporto Santos, Santos Brasil, Libra Terminais e Rodrimar.
Além do indicativo de greve, a assembleia resolveu permanecer aberta em caráter permanente e estabelecer um calendário de mobilizações até que o impasse com as operadoras portuárias seja equacionado.
Para a renovação do acordo coletivo de trabalho, os estivadores reivindicam manutenção da paridade na contratação da mão de obra por parte dos terminais, na proporção de 50% para o método avulso administrado pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO) e 50% para o regime celetista previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
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Por sua vez, as empresas que compõem a Câmara de Contêineres do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (SOPESP) oferecem a continuidade do atual sistema misto até fevereiro de 2016, passando, a partir de então, para a utilização dos profissionais nas operações portuárias mediante a proporcionalidade de 75% vinculados e 25% avulsos.
Na avaliação do presidente do Sindestiva, Rodnei Oliveira da Silva, a proposta patronal de vincular 400 estivadores vai gerar desemprego. “Além de acabar de vez com a estiva, a contratação de uma pequena parcela da categoria vai colocar no olho da rua a grande maioria, ou seja, os outros 3.600 pais de família inscritos no OGMO que vivem da atividade portuária”.
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Sobre a possibilidade de greve por tempo indeterminado, ele diz:“Não estão nos deixando alternativa que não seja o movimento paredista e, por isso, vamos dar sequência ao nosso cronograma de ações que prevê, em último caso, a suspensão das operações nos terminais de contêineres por um período indefinido”.