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Faltando dez dias para o término do prazo de um mês estabelecido para as discussões sobre a forma de contratação e possível assinatura de um acordo coletivo de trabalho, representantes da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) e do Sindicato dos Estivadores voltam a se reunir hoje.
O encontro acontecerá no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília, e será mais uma vez intermediado pelo assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijó, e pelo secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias.
Para o presidente do Sindicato, Rodnei Oliveira da Silva, as operações realizadas no terminal nas últimas três semanas atestaram a eficiência do método avulso.
“Salvo engano, foram cinco ou seis navios que operaram na Embraport neste período, todos com a importante participação e colaboração dos estivadores que foram requisitados junto ao Ogmo (Órgão Gestor de Mão de Obra)”.
Proposta
O dirigente acredita que a proposta encaminhada na sexta-feira da semana passada será aceita pela direção da empresa. “Se o problema era a ineficácia do trabalho avulso, a categoria deu uma resposta à altura e provou exatamente o contrário durante os serviços realizados nessa fase inicial”, classificada por Rodnei como de experiência.
Segundo ele, o prazo de um ano para a manutenção do sistema atual foi aceito pelos portuários. “Depois de quase 100 anos trabalhando sem vínculo empregatício, os companheiros deram uma aula de maturidade e profissionalismo ao concordarem com a nova situação a partir de abril de 2014”.
O líder dos estivadores espera o apoio das autoridades durante a reunião desta quarta-feira. “Sempre se mostraram sensíveis aos nossos apelos e sabem que uma transformação dessa natureza precisa ser feita de forma gradativa e não abruptamente”.
Pessoal de Capatazia do Sintraport mantém expectativa
O Sindicato dos Operários e Trabalhadores Portuários (Sintraport) também participa da reunião. “Não há como apresentar contraproposta à Embraport (Empresa Brasileira de Terminais Portuários) porque ela não fez nenhuma proposta aos trabalhadores avulsos de capatazia”.
A declaração é do presidente em exercício do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’, que também estará em Brasília, para tratar do assunto com o governo.
A polêmica é sobre o trabalho no terminal da empresa, na margem esquerda do porto organizado de Santos, que quer utilizar apenas mão-de-obra própria, sem participação dos avulsos.
O documento que a Embraport enviou ao sindicato, segundo Miro, apenas elevou o salário de R$ 1.070 para R$ 1.800: “ela nada fala, por exemplo, sobre composição dos ternos (grupos de trabalho)”.
Para o sindicalista, “isso não foi uma proposta. Foi simplesmente uma alteração de valor salarial, antes apresentado por ela. E não é apenas sobre ganhos que queremos discutir”.
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