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Apesar dos hospitais filantrópicos da Baixada Santista (Santa Casa de Santos, São José de São Vicente e Santo Amaro, no Guarujá) , terem aumentado a proposta de reajuste nos salários para 7% e na cesta básica para R$ 172,00, os mais de 5.400 empregados mantiveram a paralisação prevista para hoje, em dois turnos, das 7 às 8 h e das 13 às 14h, conforme deliberação de assembleia na noite de terça.
Entretanto, segundo a direção do Sintrasaúde, antes da paralisação haverá assembleia nas portas dos hospitais, quando a nova proposta será repassada aos trabalhadores.
A principal reivindicação é um reajuste de 10%, nos salários e adicional noturno de 60%, já que o valor pretendido para a cesta básica, de R$ 172,00, foi aceito ontem pelo sindicato patronal. O indicativo de greve envolve a Santa Casa de Santos, maior hospital da Baixada e um dos maiores do País, o Hospital São José, em São Vicente e Santo Amaro, em Guarujá. A data-base da categoria é 1º de outubro.
O sindicalista Paulo Pimentel, PP, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Santos e Região (Sintrasaúde), disse na noite de ontem, que esteve reunido durante a tarde com o Sindicato dos Hospitais Filantrópicos (Sindhosfil), que decidiu aumentar a proposta de reajuste.
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“A nossa mobilização serviu para que os hospitais aumentassem a proposta. Já é um avanço. Ocorre que não haverá tempo para convocar a categoria para uma assembleia, por isso a greve está mantida, mas antes de deflagrá-la, vamos fazer uma assembleia nas portas dos hospitais para repassar a nova proposta aos trabalhadores”, explicou o sindicalista.
Impasse
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Pimentel disse que a revolta da categoria contra o sindicato patronal, ocorreu porque a entidade patronal sequer teria analisado as propostas dos trabalhadores, cuja data-base é 1º de outubro. “A entidade patronal nos enviou uma contraproposta que estava longe do aceitável, o que obrigou a categoria a se mobilizar para uma greve”.
O sindicalista enfatiza que a cada data-base de reajuste é a mesma coisa. “A alegação é a mesma: não há dinheiro, o SUS paga pouco pelo atendimento e sempre atrasa os pagamentos e os planos saúde não dão o retorno necessário para suporte de todas as despesas com segurados”., conclui o sindicalista.