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Um dos mais antigos e tradicionais sindicatos portuários do País, o dos Conferentes de Carga, Descarga e Capatazia do Porto de Santos, realiza eleições para a escolha da diretoria que irá comandar a entidade nos próximos três anos (1º de outubro de 2015 a 30 de setembro de 2018).
A votação também será válida para os membros do conselho fiscal e representantes da categoria na federação.
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Este ano, duas chapas concorrem ao pleito que ocorre desde ontem na sede do sindicato e se estenderá até sexta-feira.
À frente da categoria desde agosto de 2012, o atual presidente, Marco Antônio Tadeu Sanches, lidera o grupo da situação e busca a reeleição. Ele terá como concorrente o conferente Alexandre Alberto Soares de Souza, que encabeça a Chapa 2.
Para continuar conduzindo os destinos da entidade, que atualmente conta com 434 associados, Sanches apresenta como plataforma de campanha a manutenção e ampliação do mercado de trabalho vinculado e avulso.
Marcos Sanches quer ampliar postos de serviço
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“Além de garantir os atuais postos de trabalho, temos como meta aumentar o número de postos de serviços de maneira mais equânime, priorizando o equilíbrio entre o regime empregatício previsto na CLT e o tradicional sistema de requisição dos trabalhadores, feito diariamente junto ao Órgão Gestor de Mão de Obra”, explicou Marcos Sanches, atual presidente, que disputa a reeleição pela Chapa 1.
Com uma taxa de ocupação laboral próxima a 100%, o Sindicato dos Conferentes mantêm vigentes 43 acordos coletivos de trabalho firmados com os terminais portuários e empresas que operam no complexo santista. “Um índice bastante positivo e que reflete o papel de destaque exercido pelos conferentes no processo de modernização e crescimento do setor”.
Apesar do percentual favorável, Sanches afirmou que vem mantendo entendimentos com o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), entidade representativa patronal, visando a celebração de uma convenção coletiva.
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“Por se tratar de um instrumento normativo inédito, as negociações se mostram mais difíceis e demoradas, mas estamos confiantes que chegaremos a um bom termo”, avaliou o líder sindical, salientando que as cláusulas aprovadas em assembleia pela categoria estão sob análise do Sopesp.
O incremento da capacitação profissional também está na pauta do dirigente para o próximo mandato. “Entendo que o aprendizado deva ser encarado por trabalhadores, empresários e autoridades do setor como um processo contínuo e, por isso, estabelecemos um calendário de reuniões periódicas com os representantes das empresas e terminais, além da Capitania dos Portos, Ogmo e Cenep (Centro de Excelência Portuária).
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Sanches defende a participação mais efetiva dos trabalhadores nas discussões macros referentes ao setor portuário.
José Eduardo, diretor do sindicato, pede aos conferentes que procurem o sindicato para votar. “Hoje (ontem), faltando uma hora para encerrar o primeiro dia de votação, 118 conferentes depositaram seus votos nas urnas. O quórum é de 290 votantes”, explicou o sindicalista que disputa também a reeleição à diretoria pela Chapa 1.
Alexandre Alberto quer um sindicato forte
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Alexandre Alberto, conferente há 21 anos, disse ontem, durante o primeiro dia de votação, que os integrantes de sua chapa, de oposição, querem um sindicato forte, um mercado de trabalho tranquilo, com boas perspectivas de continuidade para o futuro.
“Reunimos um grupo que está descontente com os rumos atuais e que deseja preservar o que temos e organizar uma forma mais efetiva de enfrentamento dos nossos desafios”. E diz: “Nossa proposta é de mudança com transparência para melhorar os vários aspectos que envolvem o conferente, seu mercado de trabalho e a assistência social, além do sindicato e seu patrimônio”.
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O candidato oposicionista menciona que o desejo dos seus companheiros de chapa “é mudar a difícil realidade atual e transformá-la numa compatível com nossa dignidade histórica”.
Já o candidato a procurador, pela Chapa 2, enfatiza a necessidade de maior divulgação aos conferentes dos acordos de trabalho.
“Temos que criar um fórum de debates envolvendo os conferentes, pois nem todos tem tempo de participar das assembleias devido aos turnos de trabalho. Temos muitos assuntos que podem ser discutido e esclarecido através desse fórum e vamos lutar para implantá-lo”.
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