Sindical e Previdência

Dois sindicalistas são detidos após protesto contra Petrobras

Tumulto ocorreu no Valongo. PM foi acionada para acompanhar ato público do Sindipetro. Um dos petroleiros ficou sobre o capô da viatura policial e foi arrastado por alguns metros pelo veículo

Publicado em 15/10/2015 às 11:56

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A direção do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro/LP) ficou revoltada ontem com a detenção de dois de seus dirigentes, durante ato público realizado contra Petrobras, no Edisa Valongo, em Santos. Os dirigentes detidos pelo Polícia Militar  foram: Fábio Farofa e Fábio Mello.

O Sindipetro LP informa que a mobilização para o ato público fez parte da Jornada Unitária de Lutas dos petroleiros do Estado de São Paulo por um Acordo Coletivo de Trabalho digno e contra o desmonte do Sistema Petrobrás.

Durante todo o ato, que se iniciou por volta das 6h30, o clima foi tensão. Sindicalistas alegam que com um forte esquema, a Segurança Patrimonial da Petrobrás coagiu os trabalhadores, sobretudo os terceirizados, a entrar na unidade.
Por conta da forte mobilização da categoria, a PM foi acionada e várias viaturas compareceram ao local. Houve confusão e os dois dirigentes foram detidos.

Encaminhado para o 1° DP de Santos,  Fábio Farofa foi autuado por desacato a autoridade e liberado.

Fábio Mello, segundo o sindicato, teve que saltar sobre a viatura para não ser atropelado, se segurando no giroflex, e foi arrastado pelo veículo, que partiu em alta velocidade e em zig-zag,  arriscando a vida dele e de outros trabalhadores que estavam na frente do Valongo.

 Imagens enviadas pelo Sindipetro/LP mostram as cenas da confusão com os PMs e  prisões de sindicalistas (Foto: Divulgação)

Mello foi levado detido ao 1º DP, e também liberado após pagar fiança. Ele vai responder por dano ao patrimônio público. O Sindipetro, em nota,  lamentou os fatos, não poupou críticas a atitude da PM e diz que vai intensificar a luta da categoria.

Comando da PM diz que houve resistência à prisão e vai apurar fatos

O Cel PM Ricardo Ferreira de Jesus, Comandante do Policiamento do Interior Seis diz que houve resistência à prisão de terceiros que tentaram impedir a ação policial. “ As condutas dos policiais estão sendo alvo de apuração formal por este Comando de Policiamento e, até a conclusão da apuração, cautelarmente, serão afastados do serviço operacional para que se possa melhor avaliar o ocorrido”.

Ele relata que as imagens divulgadas pela imprensa, bem como imagens colhidas desde o início da ação policial, já estão em posse da Polícia Militar e serão encaminhadas por Ofício à Polícia Civil para materialização do delito de resistência à prisão praticado por terceiros que impediram a ação policial, realizada de forma legal no ato da prisão. Por serem de domínio público estão à disposição da imprensa e mostram a ação de manifestantes contra o ato dos policiais em serviço.

E prossegue: “as imagens mostram pessoas subindo no capô e teto da viatura policial danificando-a. Os policiais tentaram sair do local até mesmo para não serem agredidos. Porém, suas condutas estão sendo alvo de apuração formal por este Comando de Policiamento e, até a conclusão da apuração, cautelarmente, serão afastados do serviço operacional para que se possa melhor avaliar o ocorrido”.

O Coronel conclui mencionando que o Comando de Policiamento do Interior Seis, reitera seu compromisso de proteger o cidadão, zelar por sua vida e integridade física e manter absoluto respeito ao estado democrático de direito apurando convenientemente os fatos, é necessário que os cidadãos respeitem a Constituição, as leis e as instituições e para que conflitos dessa natureza sejam evitados, os cidadãos não devem interferir no trabalho policial”.

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