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Amanhã vai fazer 50 anos que o navio-prisão Raul Soares atracou no Porto de Santos. Sua missão: servir de cárcere flutuante para sindicalistas e presos políticos pela ditadura militar, que em 1º de abril de 1964, havia se instalado no País.
Este triste e sombrio capítulo para o sindicalismo do País será relembrado em um evento que será realizado no Sindicato dos Conferentes, na sexta-feira, a partir das 9 horas, numa parceria entre sindicato e Jornal Diário do Litoral, com apoio das centrais sindicais da região, Força, NCST e UGT.
O médico e cientista Thomas Maack, que também foi um dos presos do navio, virá direto de Nova Iorque, Estados Unidos, para participar do evento. Ele salvou a vida de muitos sindicalistas, que por ele foram atendidos no navio-prisão.
Thomas Maack esteve em Santos, em 2012, para participar do aniversário de 14 anos do DL, responsável pela série de reportagem Navio-Prisão: Democracia à Deriva.
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O presidente do Sindicato dos Conferentes, Marco Sanches, e o presidente pelo Departamento de Aposentados, Antonio Joaquim Maria, alegam que o evento vai relembrar um dos momentos mais tristes para o sindicalismo da região. “É preciso preservar a memória sindical do País para que fatos como esses nunca mais ocorram”, diz Sanches.
O sindicalista convida associados do sindicato e trabalhadores de outras entidades sindicais da região, para comparecerem ao evento, bem como familiares de presos.
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