Sindical e Previdência

Conferência da OIT debate o desemprego e trabalho escravo

Sindicalistas e governantes de todo o Mundo estão reunidos em Genebra. Conferência vai até o dia 12

Publicado em 03/06/2014 às 10:50

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Sindicalistas e representantes de governos de todo mundo se encontram em Genebra, na Suiça, para debater os problemas trabalhistas, entre eles, o desemprego, que atinge 208 milhões de pessoas e o trabalho forçado e escravo.

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O debate ocorre dentro da 103ª Conferência Internacional do Trabalho, promovida pela OIT, que se realiza no Palácio das Nações.
Segundo relatório divulgado pela OIT, na abertura da conferência, o trabalho forçado na economia privada gera lucros anuais ilegais de 150 bilhões de dólares, aproximadamente mais de três vezes a cifra estimada anteriormente, segundo a revela a entidade trabalhista internacional.

O relatório da OIT, “Profits and Poverty: The Economics of Forced Labour” (Lucros e Pobreza: Aspectos Econômicos do Trabalho Forçado), assinala que dois terços do total estimado de 150 bilhões de dólares, ou seja, 99 bilhões, originam-se da exploração sexual comercial, enquanto 51 bilhões são resultantes da exploração com fins econômicos, que abarcam o trabalho doméstico, a agricultura e outras atividades econômicas.

“Este novo relatório leva nosso conhecimento sobre tráfico de pessoas, trabalho forçado e escravidão moderna a um nível superior”, declarou o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder.

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“O trabalho forçado é nocivo para as empresas e para o desenvolvimento, mas sobretudo para suas vítimas. Este relatório imprime um novo caráter de urgência aos nossos esforços para erradicar o quanto antes esta prática altamente rentável, mas fundamentalmente nefasta”.

A OIT quer que haja efetivo combate à este tipo de trabalho e pede colaboração de todos países-membros.

Mais de cinco mil pessoas assistem abertura da conferência, em Genebra (Foto: Divulgação)

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Suiça rejeita salário mínimo de R$ 10 mil

Uma proposta que criaria o maior salário mínimo do mundo, na Suiça, foi derrotada em referendo por 76,3% dos votantes. O piso seria de 4.000 francvos suiços, o equivalente a R$ 10 mil, mas o suiço o rejeitou, sob alegação de que o País não precisa de salário mínimo, uma vez que no País vigora o contrato coletivo de trabalho, por categoria, com a estipulação de salários e jornada de trabalho, que não pode ultrapassar de 42 horas semanais.

Atualmente, a Suíça não tem salário mínimo, mas o salário médio por hora fica em 33 francos – US$ 37, ou R$ 81. 

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“Um salário fixo nunca foi uma forma de combter a pobreza”, disse o ministro da Economia, Johann Schneider-Ammann. 

E prossegue: “Se a iniciativa tivesse sido aceita, teria levado à perda de postos de trabalho, especialmente em áreas rurais onde gente menos qualificada têm dificuldade de encontrar emprego. O melhor remédio contra a pobreza é trabalho.” 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que organiza dados dos salários mínimos de acordo com o poder de compra, coloca como maiores salários mínimos/hora do mundo os de Luxemburgo, de US$ 10,66 (R$ 23,55); França, de US$ 10,60 (R$ 23,43); Austrália, de US$ 10,21 (R$ 22,56); Bélgica, de US$ 9,97 (R$ 22,04); e Holanda, de US$ 9,48 (R$ 20,95). O salário mínimo dos Estados Unidos, de US$ 7,11 (R$ 15,71), é o décimo da lista.
 

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