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O complexo industrial da General Motors em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, está com a produção totalmente paralisada. Cinco mil metalúrgicos cruzaram os braços após votação na manhã de ontem (10). A maioria dos funcionários votou pela greve geral como alternativa para pressionar a empresa a rever as centenas de demissões realizadas no último sábado, 8. Com a paralisação, os trabalhadores esperam que a montadora reverta as demissões e garanta estabilidade nos empregos.
No sábado, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, mais de 250 trabalhadores receberam telegramas informando a dispensa sem justa causa. Participaram da assembleia os trabalhadores do primeiro turno, os metalúrgicos que estavam em lay-off desde março e os funcionários recém-demitidos. No acordo feito entre sindicato e GM, os trabalhadores que estão retornando do lay-off terão três meses de estabilidade. As demissões, segundo a entidade, foram feitas com funcionários que estavam trabalhando. A votação pela greve, embora vencida, não foi unânime como esperava o sindicato.
Ao final, sindicalistas bloquearam as entradas do complexo e enfatizaram que tentativas de furar a greve teriam represálias.
Uma entrevista com a direção da empresa, que estava agendada para o fim da assembleia, foi cancelada após os sindicalistas hostilizarem supervisores que estavam dentro da fábrica. Com medo de represálias por parte da empresa, os trabalhadores entrevistados não permitiram ser identificados. Um metalúrgico da linha de montagem da S10 afirmou que, na última sexta-feira, a linha que produz um carro por hora, produziu três carros por hora e que ninguém foi comunicado do motivo do aumento de produção.
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