Um clima de frustração e revolta tomou conta de sindicalistas e aposentados, que durante dois dias mantiveram vigília na Câmara Federal, em Brasília. É que o projeto sobre o fim do fator previdenciário não foi votado na quarta-feira, 21 de novembro, conforme estava previsto, e sua votação em plenário vai depender de uma reunião, na próxima semana, entre Governo e centrais sindicais.
O presidente da Câmara Marco Maia quer que o Executivo ouça as reivindicações dos trabalhadores e chegue a um acordo pelo fim do fator. Essa medida causou enorme decepção entre sindicalistas e aposentados que aguardam pela votação no Salão Verde da Câmara(bem ao lado da entrada do plenário). Maia justificou que está intermediando uma reunião do governo com as centrais sindicais para que o Executivo ouça as reivindicações dos trabalhadores e tente chegar a um acordo para a votação do projeto (PL 3299/08).
“O meu esforço é no sentido de votar algo que trate sobre o fator previdenciário aqui na Casa, mas que seja real, que tenha efeito direto na vida dos trabalhadores brasileiros”, ressaltou o presidente da Câmara.
“Qualquer medida que seja votada, que não tenha, nesse caso específico, o aval do governo, pode significar um veto ali na frente, o que pode fazer voltar tudo à estaca zero”, justificou Maia.
Sindicalistas, que se mobilizaram durante dois dias na Câmara, não esconderam sua decepção. “Os aposentados brasileiros e as entidades que os representam estão decepcionados com a insegurança e falta de firmeza política do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT)” disse Warley Martins, presidente da Cobap.
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