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A Câmara de Santos vai votar hoje, em primeira discussão, o projeto de lei do Executivo, com reajuste de 8% ao funcionalismo, já aprovado pelos servidores estatutários, filiados ao Sindest, mas rejeitado pelos demais servidores, que são filiados ao Sindserv.
Essa mesma situação ocorreu no ano passado, quando a Câmara aprovou, mesmo mediante protestos, o acordo, também aprovado pelo Sindest. É que existem dois sindicatos (Sindest e Sindserv) que representam os servidores de Santos.
O Sindest, mais uma vez, saiu na frente e aprovou o reajuste, após sua diretoria ter participado de rodadas de negociações com representantes do Executivo.
O Sindserv, por sua vez, rejeitou a mesma proposta e, a exemplo do ano passado, continua mobilizando seus associados, em atos públicos contra a Administração Municipal e pleiteia 11,5% de reajuste.
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Além de não aceitar os 8% de aumento, os servidores se declararam também em estado de greve. A categoria luta também por vale-refeição diário de R$ 20,00 e cesta-básica de R$ 440,00.
O aumento, caso seja aprovado pela Câmara, será pago nos salários do próximo dia 25, mas até lá terá que ser votado em duas sessões do legislativo.
O acordo
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O acordo feito com o Sindest estabelece também reajuste de 7,5% no vale-refeição mensal, que passa de R$ 334,00 para R$ 359,00 e 10% na cesta-básica, que vai de R$ 200,00 para R$ 220,00.
As negociações entre a direção do Sindest e a Prefeitura foram feitas, segundo informa Fábio Pimentel, presidente do sindicato, com o secretário municipal de gestão, Fábio Ferraz.
Pimentel diz que o resultado da campanha salarial foi “satisfatório. “ Não foi o que queríamos, mas trata-se do possível, diante das difíceis negociações com a Prefeitura”.
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Sindserv não poupa prefeito de Santos durante ato
Uma manifestação, que reuniu cerca de 300 servidores de Santos, filiados ao Sindserv, paralisou o Gonzaga, no início da noite de terça. Os manifestantes se concentraram na Praça Independência.
Durante o ato, comandado pelo presidente do Sindserv, Flávio Saraiva, servidores não pouparam o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) com críticas contra o reajuste de 8% e , principalmente, pelo fato do prefeito ter encerrado a campanha salarial, mesmo após o Sindserv, ter rejeitado o reajuste.
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Com cartazes e faixas, os servidores gritaram, apitaram, buzinaram, dançaram marchinhas carnavalescas, panfletaram, fecharam toda a Avenida Ana Costa e partiram em passeata pela avenida.
E hoje, à noite, os servidores vão fazer manifestação na sessão da Câmara de Santos, que vai votar, em primeira discussão o projeto de lei com o reajuste de 8%, enviado pelo Executivo.
Em nota conclamando os servidores, o Sindserv diz que “mais uma vez de forma autoritária e manipulatória, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa envia projeto de lei sobre o reajuste dos servidores municipais para a Câmara. A atitude não respeitou a vontade da categoria em continuar a negociação. Vale lembrar que a proposta apresentada pela Prefeitura foi rejeitada, por unanimidade, na última assembleia dos trabalhadores”.
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E prossegue: “novamente cai por terra a falácia propagada pela Prefeitura de que mantêm diálogo aberto e fraterno com os servidores. O governo desrespeita seus funcionários e mente, pois tem dinheiro para melhorar muito mais o reajuste”.