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O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste salarial de 7,1% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na tarde de ontem. A entidade afirma que a greve vai continuar.
O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), avaliou que a proposta de reajuste de 7,1%, oferecida pela Fenaban, é muito baixa. “A proposta da Fenaban foi uma decepção. O lucro dos bancos está em torno de R$ 60 bilhões, de acordo com o relatório do Banco Central. E eles nos oferecem menos de 1% (de reajuste real)”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
“Rejeitamos e vamos orientar nossos sindicatos a fortalecer a greve para ver se a Fenaban melhora a proposta em mesa”, disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro Pela proposta, o piso dos bancários passaria a R$ 1.632,93 e a PLR para, no mínimo, R$ 1.694 (limitada a R$ 9.011,76). Segundo a Fenaban, dependendo do lucro do banco, a PLR de um caixa, por exemplo, pode chegar a 3,5 salários.
De acordo com a entidade, os trabalhadores deverão manter as reivindicações: índice de 11,93% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.860,21 e PLR de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Os bancários também pedem valorização dos vales refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
Entidades ligadas ao comércio pedem o fim da greve e alegam que paralisação está provocando prejuízos ao setor de até 30%.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou o julgamento do dissídio entre a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) na próxima terça-feira.
Os funcionários dos Correios estão em greve desde o dia 17 de setembro e, para voltar ao trabalho, pedem aumento real de 15% sobre os salários, reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de 20% de perdas salariais e jornada de seis horas diárias para os atendentes.
A proposta dos Correios é reajuste de 8%, reposição salarial de 6,27%, ganho real de 1,7%, vale extra de R$ 650,65 e vale-cultura. De acordo com a empresa, os trabalhadores têm benefícios médico-hospitalares e odontológicos pagos pela empresa.
Várias audiências foram feitas no TST na tentativa de entendimento, mas não houve acordo. A federação e a empresa também tentaram negociar entre si, mas não deu resultado. O fracasso do entendimento levou o conflito para o julgamento de terça-feira.
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