Sindical e Previdência
Segundo o sindicato, votaram cerca de 1,5 mil bancários. Na segunda-feira, haverá nova assembleia para votar eventual contraproposta ou para organização da greve
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Os bancários paulistanos decidiram hoje entrar em greve a partir da próxima semana, caso os bancos não melhorem a proposta de reajuste salarial. Em assembleia realizada no início desta noite o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região aprovou, a paralisação por unanimidade. Segundo o sindicato, votaram cerca de 1,5 mil bancários. Na segunda-feira, haverá nova assembleia para votar eventual contraproposta ou para organização da greve, que será feita por período indeterminado a partir de Terça-feira.
A proposta votada hoje previa reajuste salarial de 7,5% (aumento real de 1,08%) para o piso da categoria e de 7% (aumento real de 0,61%) para os demais cargos, mas os bancários defendem um ganho de 12,5%, com aumento real de 5,8%. Para o cálculo da inflação foi utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que acumulou alta de 6,35% no período de 12 meses encerrado em agosto. A data-base dos bancários para renegociar os contratos coletivos de trabalho é 1º de setembro.
O Comando Nacional dos Bancários já havia se posicionado contra a proposta de reajuste salarial na sexta-feira, mas incentivou os 134 sindicatos que representa no País a convocarem assembleias e votarem sobre o assunto. Com o slogan "Queremos Mais", orientou os associados a rejeitarem a proposta. As votações estão ocorrendo hoje em horários diferentes por todo o Brasil. O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região é o maior sindicato da categoria e representa mais de 142 mil trabalhadores.
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Na sexta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs às lideranças sindicais os reajustes de 7,5% para piso e de 7% para o restante e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também com o valor corrigido em 7%. A proposta ainda previa auxílio-refeição de R$ 24,80 por dia, cesta alimentação de R$ 424,20 - com o mesmo valor para a 13ª cesta alimentação - e auxílio-creche de R$ 353,86 para filhos com idade até 71 meses.
Já o Comando Nacional dos Bancários reivindica, além do reajuste salarial de 12,5% e do direito ao 14º salário, vale-alimentação, refeição, cesta alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 724 para cada um desses itens. Quanto à PLR, o pedido é de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247. Os bancários também querem gratificação de caixa de R$ 1.042,74, gratificação de função de 70% do salário do cargo efetivo e vale-cultura de R$ 112,50.
A presidente do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira Leite, disse esperar por uma solução negociada até o dia 30, mas acrescentou que até o momento não há nenhuma sinalização de que haverá contraproposta dos bancos. A última greve nacional dos bancários ocorreu entre setembro e outubro do ano passado, e durou mais de 20 dias.
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