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Marcação sob pressão, que envolve gabinetes, corredores e principalmente a entrada no plenário, junto ao Salão Verde da Câmara Federal, é a tática usada, desde ontem, por sindicalistas da Confederação Brasileira dos Aposentados (Cobap) e federações de aposentados e pensionistas do País, visando obter a votação de projetos de lei que concedem reajuste, idêntico ao concedido ao salário mínimo, para todos os aposentados do País.
Essa reivindicação vai ser feita pessoalmente, durante toda a semana, para que os parlamentares votem a aprovação do projeto que visa aumentar o índice de correção previdenciária para o mesmo índice de reajuste do salário mínimo. .
Além da pressão, os líderes dos aposentados estão entregando uma carta aberta aos deputados e senadores, relatando o drama da categoria, que está sem aumento real em seus benefícios, e endividados com o próprio INSS nos empréstimos consignados, descontados em folha de pagamento do benefício.
Warley Martins, presidente da Cobap, diz que a situação envolve mais de 30 milhões de aposentados. “Todo ano esperamos pela votação de projetos que recompõem as perdas dos aposentados e temos nossa expectativa frustrada. Resolvemos, diante disso, mudar a nossa estratégia e fazer essa marcação corpo a corpo”.
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E menciona: “os mais de 30 milhões de aposentados e pensionistas do INSS têm sofrido, nos últimos anos, ameaças e efetivos cortes de direitos, como a depreciação sistemática da imagem do sistema previdenciário e dos segurados (considerados apenas uns pobres coitados), restrições nas perícias médicas, alardes quanto a mudanças nas pensões por morte e reajustes anuais diferenciados, com perdas para aqueles que recebem acima de um salário mínimo. Temos que dar um basta nisso”, informa o sindicalista.
Engavetado
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Ele diz que desde 2003, visando corrigir pelo menos as perdas financeiras do segmento, foi apresentado e aprovado pelo Senado Federal o atual Projeto de Lei 4.434/08, que se encontra paralisado na Câmara Federal desde 2009. “Referida proposta possibilita a recuperação progressiva dos vencimentos dos aposentados e pensionistas e estabelece regra mais justa e igualitária para os reajustes anuais”.
E desabafa: “consideramos descaso e desrespeito a tantos milhões de brasileiros e aos respectivos familiares que o PL 4.434/08 continue engavetado. Não há que se falar em falta de recursos do sistema para arcar com as despesas advindas, pois as desonerações, perdões e parcelamentos de dívidas e inúmeras outras medidas adotadas pelo Governo Federal evidenciam a existência de fundos”.
E conclui: “ Além de numerosos, somos também força econômica, política e eleitoral. Pessoas experientes, que podem influir – com certeza – nos resultados da próxima eleição”.
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