Sindical e Previdência
Pelo acordo entre Governo e sindicatos, os empregadores poderão reduzir em até 30% os salários e a jornada de trabalho, tudo isso para dar garantia de emprego aos trabalhadores
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O Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que visa proteger o desemprego, reduzindo a jornada de trabalho e os salários das empresas que passam por grave crise financeira, será também o responsável por reduzir as aposentadorias dos trabalhadores, que contarão com contribuições menores no período em que o PPE for aplicado.
Pelo acordo entre Governo e sindicatos, os empregadores poderão reduzir em até 30% os salários e a jornada de trabalho, tudo isso para dar garantia de emprego aos trabalhadores.
“Tudo não passa de um engodo, uma cortina de fumaça para desviar o foco do crescimento do desemprego e para a fragilidade da economia do País”, diz Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação Estadual de Saúde, que esteve visitando a redação do Diário do Litoral.
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Ele diz que “a medida preserva temporariamente os empregos por seis meses ou até um ano, mas por outro lado, reduz o valor do FGTS, que é o patrimônio do trabalhador e vai prejudicar o cálculo das aposentadorias desses trabalhadores, pois terão os salários reduzidos e consequentemente também suas contribuições ao INSS” .
Também secretário nacional do setor de Saúde junto a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e vice-presidente do setor de Saúde da Uni Global Union, Edison Laércio explica que a contagem para a aposentadoria no INSS é feita computando-se todas as contribuições desde 1994, sendo retiradas da média as 20% menores contribuições. “Com isso nesse período de redução salarial, as contribuições serão menores e a média salarial também vai cair, com perdas para os trabalhadores”.
Laercio esteve na redação do DL, acompanhado de Paulo Pimentel, presidente do Sintrasaúde.
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