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Uma estatística assustadora é revelada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) neste Dia Internacional dos Acidentados no Trabalho. Os acidentes matam 2 milhões de trabalhadores por ano em todo o Mundo. A OIT vai debater o assunto com autoridades mundiais para reduzir o quadro mediante prevenção.
Estima-se que anualmente morrem cerca de dois milhões de homens e mulheres devido a acidentes de trabalho e a doenças profissionais. Em todo o mundo ocorrem por ano cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho e são registadas mais de 160 milhões de doenças profissionais.
A OIT nunca aceitou a ideia de que os acidentes e as doenças são “ossos do ofício”. A prevenção funciona. Durante o século XX, os países industrializados registaram uma diminuição substancial das lesões graves, em parte como consequência dos progressos alcançados no sentido de se criar um ambiente de trabalho mais saudável e seguro. O desafio é alargar essa experiência positiva a todo o mundo laboral.
A experiência demonstra que uma cultura de segurança sólida é benéfica para os trabalhadores, os empregadores e os governos. Diversas técnicas de prevenção revelaram a sua eficácia tanto para evitar os acidentes de trabalho e as doenças profissionais como para melhorar o desempenho das empresas. As rigorosas normas de segurança actualmente existentes em certos países são o resultado directo de políticas a longo prazo que incentivaram o diálogo social tripartido e a negociação colectiva entre os sindicatos e os empregadores, assim como legislação de segurança e saúde eficaz apoiada numa inspecção do trabalho dotada dos meios necessários.
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Catástrofe
Em 2004 celebra-se o vigésimo aniversário de uma das piores catástrofes químicas de que há memória. Uma fuga de gás de uma fábrica de pesticidas em Bhopal, no centro da Índia, provocou, em poucas horas, a morte a 2500 pessoas e ferimentos em mais de 200.000. Este acidente, que afetou não só os trabalhadores da fábrica, mas também as suas famílias, vizinhos e comunidades inteiras, recorda-nos como é importante criar uma cultura de segurança que mobilize os governos, os empregadores e os trabalhadores para impedir a repetição deste tipo de tragédias.
Segundo estimativas da OIT, todos os dias morrem, em média, 5.000 pessoas devido a acidentes ou doenças relacionados com o trabalho.
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Construção civil
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Santos, Marcos Braz de Oliveira, Macaé, foi aplaudido, em comício na manhã de sexta-feira, em São Paulo, durante manifestações sobre o Dia Internacional dos Acidentados.
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O sindicalista disse que a maioria dos acidentes acontece porque as empresas não se sentem fiscalizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Isso porque o número de fiscais é irrisório, diante da necessidade.
O ato público começou com passeata, às 7h30, que saiu da sede do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo e foi até a gerência do MTE, pelas ruas do Centro.
Especialista diz que doença no trabalho gera indenização
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Advogado Mauro Lúcio Alonso Carneiro, especialista em previdência social, acidentes e doenças no trabalho, diz que além dos acidentes no trabalho, as doenças profissionais também estão matando, mutilando e causando invalidez em trabalhadores na Baixada Santista.
“Os tribunais estão abarrotados de processos com pedidos de indenizações, pensões vitalícias e perdas por danos morais e materiais”,menciona o advogado. Ele acrescenta que muitas dessas ações são referentes a leucopenia, principalmente na área industrial de Cubatão, entre elas na Usiminas(ex-Cosipa).
O especialista menciona que, recentemente, um excosipano conseguiu, após uma batalha de mais de 16 anos, obter a maior indenização até agora paga numa dessas ações. O valor foi de R$ 1,6 milhão.
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E conclui pedindo mais agilidade da justiça nas decisões: “Infelizmente, muitos morrem antes do fim da ação em virtude das sequelas decorrentes do acidente ou da doença profissional”.
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