Sindical e Previdência

Abafamento do alto-forno 1 preocupa os trabalhadores

Empregados terceirizados temem desemprego e estão sendo convocados para assembleia. A assembleia será na Sintracomos, às 18h30 da próxima quinta-feira

Publicado em 16/06/2015 às 11:42

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O abafamento do alto-forno 1 da Usiminas Cubatão, que começou no último dia 1º, será tema da assembleia dos 3 mil trabalhadores terceirizados das 18 empreiteiras que prestam serviços à siderúrgica.

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A assembleia será na subsede de Cubatão do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial de Santos e região (Sintracomos), às 18h30 da próxima quinta-feira.

A reunião, segundo o presidente do sindicato, Marcos Braz de Oliveira, Macaé, tratará também das reivindicações para a campanha salarial de renovação do acordo coletivo de trabalho.
“Nossa luta é para que empregos, salários, economia e comércio de Cubatão e baixada santista não sejam prejudicados pela desativação do equipamento”, destaca o sindicalista.

Macaé participou de duas reuniões, na delegacia do sindicato dos engenheiros (Seesp) em Santos, na semana passada, sobre os reflexos do abafamento do alto-forno no mercado de trabalho.

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“Haverá demissões nas categorias envolvidas com o equipamento? Se houver, quantos serão? Essas e outras perguntas precisam ser respondidas”, pondera Macaé.

Alto-forno 1 da Usiminas está sendo abafado desde o último dia 1º (Foto: Divulgação)

“Como a Usiminas praticamente não se pronuncia, é preciso que a sociedade cobre respostas dela. Por isso, os sindicatos do setor organizam a campanha”, destaca o presidente do Sintracomos.

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Segundo Macaé, a intenção do movimento é mobilizar os trabalhadores e as forças econômicas, políticas e sociais. Na semana que vem, haverá duas reuniões para convocar um evento maior.

De início, a campanha envolve o Sintracomos, Seesp, os sindicatos dos metalúrgicos e siderúrgicos, trabalhadores em cozinhas industriais, rodoviários e pessoal de limpeza.

Fórum de crescimento

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Para o fórum, já denominado ‘cresce’, de crescimento, os organizadores convidarão prefeitos, deputados, vereadores, sindicalistas de outras categorias, centrais sindicais, comerciantes e líderes comunitários.

“A ideia não é pedir que a Usiminas mantenha o alto-forno ligado, pois ela diz ter seus motivos para abafá-lo. A intenção é impedir impactos sociais negativos decorrentes da medida técnica”, diz Macaé.

A Usiminas alega diminuição da venda de aço em 12,6% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2014. A produção, por sua vez, caiu em 16,5%. Diz que teve prejuízo líquido de R$ 235 milhões.
O processo de abafamento deixa o forno pronto para voltar a operar, mas não há previsão de retorno. O alto-forno 2 não será abafado. A empresa diz que não haverá demissões.
“Os companheiros das empreiteiras que prestam serviços à fábrica de aço estão bastante apreensivos. E, justamente por isso, precisam participar da assembleia. A união faz a força”, alerta o sindicalista.

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Quadro desanimador

“A luta para renovação do acordo coletivo, neste ano, acontece num quadro desanimador. A economia nacional não anda bem das pernas e a Usiminas sente os reflexos da crise”, diz Macaé.

“Isso não quer dizer, em hipótese alguma, que devemos jogar a toalha e aceitar passivamente a lenga-lenga das empreiteiras que prestam serviços para a fábrica de aço”.
“Muito pelo contrário. Temos que partir para cima delas, com força e determinação, para não ficarmos prejudicados além do que já estamos. Para isso, participar das assembleias é fundamental”.

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