O projeto de laboratório itinerante do Instituto Butantan (Lab Móvel) estaciona em Santos na próxima segunda-feira (30). / Divulgação/Butantan
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O projeto de laboratório itinerante do Instituto Butantan (Lab Móvel) estaciona em Santos na próxima segunda-feira (30), onde ficará, inicialmente, por uma semana. O projeto tem como objetivo reduzir o intervalo para entrega dos resultados dos testes de covid-19 e realizar o sequenciamento das variantes do vírus que circulam na região da Baixada Santista.
O contêiner chegará na Cidade na noite desta sexta-feira (26) e passará a funcionar na segunda (30), na Praça Visconde de Mauá, no Centro Histórico. As análises realizadas no Lab Móvel possibilitarão a obtenção dos resultados dos testes PCR em até 24 horas (a partir do momento em que as amostras chegarem ao container). Em seguida, será realizado o sequenciamento, que pode durar de três a seis dias. Atualmente, todo o processo entre a testagem de amostras e o sequenciamento de variantes pode levar de 10 a 12 dias.
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“É muito importante a presença desse laboratório na Cidade, pois além de agilizar os resultados, também fornecerá indicadores da variante prevalente em Santos. A partir disso, teremos dados que nos ajudarão nas decisões de gestão, da parte preventiva, em relação a flexibilização, fechamentos, restrições, assim como a gestão dos leitos de atendimento, sejam de UTI ou ambulatoriais”, explica o prefeito Rogério Santos.
A Cidade é a segunda a receber o laboratório itinerante, logo após a passagem de duas semanas pela cidade de Aparecida. “O Butantan tem um acordo com Santos de cooperação de combate à pandemia. Nós já realizamos outras ações na Cidade e, nesse momento, como Santos já identificou a variante Delta, é importante saber qual a prevalência dessa variante no Município”, explica o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.
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COMO O PROJETO FUNCIONA
Os municípios que recebem o laboratório se responsabilizam por realizar as coletas de amostras em suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e encaminhá-las ao laboratório itinerante. No Lab, os especialistas realizam o diagnóstico e, então, separam as amostras positivas para iniciar o sequenciamento e identificar as variantes. “O laboratório pode analisar até trezentas amostras por dia, fazendo mapeamento genético dos vírus e determinando quais variantes estão circulando. Esse é um dado importante para o combate a pandemia”, explana Dimas Covas.
O sequenciamento é necessário porque os vírus sofrem mutações, ou seja, alterações em seus códigos genéticos, gerando variantes. Para realizar o mapeamento das variantes é necessário, em primeiro lugar, extrair o RNA da amostra coletada. Em um segundo momento, essas moléculas passam por um processo de conversão para DNA que, posteriormente, é multiplicado em diversas cópias que são inseridas no sequenciador. Um computador libera os resultados e a análise é realizada por especialistas, conhecidos como bioinformatas.
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“O laboratório é um apoio ao sistema de testagem do Município, que coleta o material e envia ao Lab para processamento. Os resultados são gerados rapidamente. Ao fim da próxima semana já teremos os números relacionados às variantes da região” explica o diretor do Instituto Butantan.
MUNÍCIPES PODERÃO ACOMPANHAR DE PERTO
Os santistas poderão acompanhar os trabalhos dos pesquisadores do Instituto Butantan de perto. Isso porque a estrutura do veículo, de mais de 12 metros de comprimento e quase três metros de altura, conta com uma parte de vidro que permite a observação dos procedimentos realizados pelos cientistas. A iniciativa permite que os munícipes vejam os equipamentos e os profissionais em ação, visando a aproximação entre a população e a ciência.
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TESTAGEM NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS
As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) de Santos receberão testagem em massa na próxima semana. O intuito é descobrir qual variante está presente nesses locais, onde há grande presença de idosos, e definir medidas contra a disseminação do coronavírus entre a população mais sensível ao vírus.
“Estamos vendo um pequeno aumento na contaminação desses pacientes, apesar das duas doses da vacina. O Estado também já autorizou que seja feita a aplicação da terceira dose em pessoas acima dos 60 anos. Então queremos identificar os tipos de variantes presentes nesses locais, para poder tomar as medidas necessárias”, explica o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.
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