Em dois meses de projeto já foram recolhidos 26 litros / Divulgação
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Doar leite humano salva vidas. Com esse pensamento em mente, Josileide Araújo, 30 anos, compartilha semanalmente o leite com o qual ela alimenta seu filho Francisco, 1 ano. Ela é uma das primeiras doadoras do Posto de Coleta de Leite Humano de Praia Grande, que começou a funcionar em janeiro e já conta com 40 mamães cadastradas e 26 litros de leite recolhidos.
“Eu me sinto um pouco mais tranquila porque estou fazendo a minha parte. Eu tenho leite suficiente para o meu neném, mas muitas mães não têm. Então, eu posso doar um pouco e isso não atrapalha a minha rotina, não afeta em nada a minha vida. Para mim é muito bom. Leite é sangue e salva muita vida, é um alimento vivo”, conta Josileide, moradora do Bairro Princesa.
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Uma vez por semana, o carro da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, com duas profissionais do Posto de Coleta de Leite Humano, vai até a casa de Josileide e das demais doadoras para recolher o leite humano, que é armazenado em caixas térmicas com temperatura adequada. Também é fornecido pela Prefeitura um kit higienizado para a doação seguinte. Após a retirada, a equipe leva o conteúdo para o Banco de Leite Humano de Peruíbe, parceiro neste projeto. No local são feitas análises físico-químicas e microbiológicas e o leite é pasteurizado (processo térmico que garante a qualidade do leite e mata microorganismos que poderiam causar doenças), antes de ser encaminhado para a UTI Neonatal do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.
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Em dois meses de projeto já foram recolhidos 26 litros. Para se ter uma ideia da importância desse trabalho, com um mililitro de leite já é possível alimentar uma criança, prevenindo uma série de doenças e complicações no desenvolvimento dela. “Se você doar ‘dois dedinhos’ de leite você salva duas crianças na UTI. Então, não importa a quantidade, o que importa é que você doe leite, doe amor, doe vida”, afirma a nutricionista e responsável técnica pelo posto, Roberta Hegedus.
Quem quiser doar só precisa entrar em contato pelo número 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. “A equipe vai atender, tirar as dúvidas e fazer um pré-cadastro. Depois disso é agendada uma visita na casa da mamãe, aonde a gente leva um kit, explica como funciona a ordenha para depois passar recolhendo uma vez por semana esse leite que ela coletou e levar para o Banco de Leite de Peruíbe”, explica a coordenadora Posto de Coleta de Leite Humano, Nathamy Jannuzzi, que é especialista em obstetrícia pelo Hospital Albert Einstein.
O Posto de Coleta de Leite Humano também tem uma sede física para as mamães que desejarem doar o leite no local ou mesmo tirar dúvidas presencialmente com a equipe, composta por médico pediatra, enfermeiro e nutricionista. O posto fica no Centro Especializado em Reabilitação (CER), na Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, 8813, Mirim, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h.
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Disque Amamentação
A central telefônica Acolhe PG tem desenvolvido um atendimento específico para as novas e futuras mamães. É o Disque Amamentação, um canal direto com profissionais capacitados em fornecer orientações e tirar dúvidas a respeito do tema. O objetivo é reforçar a importância do aleitamento materno para manter os bebês saudáveis e diminuir a mortalidade infantil.
O atendimento ocorre pelo telefone 3496-5262 de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem. Nesse período, pediatras, nutricionistas, fisioterapeutas e demais profissionais de saúde capacitados em aleitamento materno estão à disposição para tirar as dúvidas das munícipes e também de profissionais da rede que necessitem apoio técnico. E nos casos em que a dúvida indique um acompanhamento presencial, a paciente é encaminhada pelo próprio serviço para a sua Unidade de Saúde da Família (Usafa) ou para o Posto de Coleta de Leite Humano.
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Mais recentemente, o Acolhe PG tem feito uma abordagem junto às mamães logo após a alta hospitalar. Além do encaminhamento para a Usafa, a equipe do Acolhe PG faz um contato para tirar dúvidas sobre a amamentação e também oferecer o serviço de coleta de leite humano. Esse acompanhamento ocorre também em outros períodos até os três meses do parto, que é quando há uma maior tendência de ocorrer o desmame precoce.
“Cada período temos umas questões diferentes para trabalhar. No começo, as mães têm muitas dúvidas sobre o leite, acham que está fraco, que não está alimentando o bebê, que ele chora demais. Já nos três meses há a proximidade da volta ao trabalho por causa do término da licença maternidade, então algumas não sabem como ordenhar, armazenar, acham que precisa dar fórmula ao invés do leite materno. Então fazemos o contato para tirar essas dúvidas e orientar que elas façam a amamentação exclusiva com o leite humano até os seis meses de vida do bebê”, esclarece Nathamy.
A amamentação é recomendada pelo Ministério da Saúde para crianças pelo menos até dois anos ou mais, sendo, de maneira exclusiva, até os seis meses. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de 6 milhões de vidas são salvas todos os anos devido ao aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade.
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Acolhe PG
Além do Disque Amamentação, o Acolhe PG oferece o acompanhamento de pacientes, atendimento específico de gestantes de alto risco, agendamento de consulta nas Especialidades Médicas, além do atendimento e monitoramento dos casos suspeitos e confirmados da covid-19. Esse serviço em específico funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados das 8h às 17h. O atendimento ocorre pelos telefones 162 e 3496-2281.