O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC e sua origem está fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões / Divulgação
Continua depois da publicidade
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, conhecida como DPOC, é uma doença que obstrui as vias aéreas e torna a respiração difícil. Os principais sintomas são: falta de ar ao fazer esforços -- que pode afetar atividades simples do cotidiano, como trocar de roupas ou tomar um banho --, pigarro, tosse crônica com secreção, que piora pela manhã.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a DPOC ocorre com frequência acima dos 50 anos e atinge cerca de 64 milhões de pessoas ao redor do mundo. Em 2019 chegou a ser a terceira principal causa de morte globalmente dentre as doenças crônicas. No Brasil em 2018, a DPOC afetou 6 milhões de pessoas e causou cerca de 40.000 óbitos. Para chamar a atenção da população para o assunto, a Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD) instituiu o mês de novembro como oficial para compartilhar conhecimentos e discutir maneiras de reduzir a carga da doença em todo o mundo.
Continua depois da publicidade
O tabagismo é o principal fator de risco para a DPOC e sua origem está fortemente ligada ao efeito da fumaça de cigarro nos pulmões. Outros tipos de fumo, como o cachimbo, narguilé e a maconha, além da exposição passiva à fumaça, podem contribuir para a causa ou piora da doença. A DPOC tem início lento, mas pode evoluir de modo rápido para o estágio mais grave, levando à insuficiência respiratória e óbito.
O pneumologista e gerente médico da GSK, Dr. Franco Martins (CRM: SP 138476), alerta ainda para outros complicadores da doença. "O cigarro e todos os outros tipos de fumo ajudam a piorar a doença, mas não podemos deixar de citar também a poluição ambiental, a queima de biomassa com as queimadas da lavoura e o uso de lenha para cozinhar. Todos esses fatores interferem e agravam o quadro de DPOC do paciente."
Continua depois da publicidade
Para realizar o diagnóstico, os médicos se baseiam nos resultados associados entre os exames físicos e o histórico do paciente. "Como os sintomas podem não indicar o tamanho do dano respiratório, é fundamental que seja realizado um exame chamado espirometria, que serve para avaliar a capacidade ventilatória pulmonar", explica Dr. Franco, especialista no assunto.
O tratamento medicamentoso
Apesar de não ter cura, a DPOC pode ser controlada. Os tratamentos disponíveis atuam para retardar a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações.
Continua depois da publicidade
Um avanço importante no Brasil foi a incorporação no novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de 2021 de broncodilatadores de classes diferentes, com administração em um único dispositivo, ampliando as opções terapêuticas e conforto para os pacientes.
"O manejo correto desses medicamentos é muito importante. Realizar a técnica inalatória adequada para cada dispositivo é fundamental para garantir um melhor aproveitamento da medicação. A fisioterapia e os exercícios físicos com orientação profissional adequada também são aliados do paciente", reforça o especialista.
Continua depois da publicidade