A iniciativa representa um aumento na folha de pagamento de cerca de R$ 2.880 milhões por ano / Nair Bueno/DL
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No meio de uma crise econômica e um alto índice de desemprego que afeta todo o País, além dos servidores vicentinos que estarem lutando por salários mais dignos, a Câmara de São Vicente, aprovou a contratação de mais um assessor para cada vereador com salário de cerca de R$ 16 mil mensais (R$ 15.928,38).
A iniciativa representa um aumento na folha de pagamento de cerca de R$ 240 mil por mês e R$ 2.880 milhões por ano.
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Vale lembrar que cada um dos 15 vereadores já possui dois assessores. Portanto, a partir deste ano, a Câmara passará a gastar somente com assessores de vereadores aproximadamente R$ 720 mil por mês e R$ 8.640 milhões por ano, somando-se todos os cargos de livre provimento (nomeados).
DETALHES.
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O presidente da Casa, o Professor Thiago Alexandre (DEM), diferente dos demais, tem direito a um chefe de gabinete da Presidência e, portanto, seu quadro de auxiliares é composto por quatro assessores, aumentando ainda em R$ 192 mil mensais a folha o que, em um ano, representa um total de cerca de R$ 8.832 milhões/ano, somados todos os 46 assessores.
Conforme apurado também ontem, o vereador Jefferson Cezarolli (Podemos) não participou da sessão, que aprovou a medida praticamente por unanimidade. Cezarolli ainda não nomeou o terceiro assessor parlamentar.
A aquisição de mais um vereador gerou manifestação nas redes sociais. Alguns grupos online chegaram a postar a lista com o nome de vereadores, seus assessores e respectivos salários.
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O advogado Rui Elizeu de Matos Pereira, por exemplo, em seu perfil no Facebook, foi bastante duro e publicou: "Desrespeito com a cidade. É ilegal? Não, mas na conjuntura que vivemos, trata-se de uma canalhice".
CÂMARA.
A Mesa Diretora da Casa não se manifestou sobre a questão. Enquanto isso, os servidores de São Vicente, que fazem funcionar a máquina pública de verdade, chegam ao 6º dia de greve. A Prefeitura de São Vicente está oferecendo 1,8% de aumento salarial. A briga dos servidores é pela recomposição salarial referente às perdas inflacionárias dos últimos dois anos: 16%. Ontem, em nova assembleia, foi rejeitada a proposta da Administração e a greve continua.
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