Anualmente são realizados mais de 3 milhões de atendimentos em todo o país / MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
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Neste mês o Centro de Valorização da Vida (CVV) dedica-se à campanha de combate ao suicídio. A realidade de quem procura o centro impacta diariamente os colaboradores, que ajudam através das ligações, ouvindo e aconselhando o próximo.
Voluntário do CVV de São Vicente há três anos, Vitor dos Reis auxilia com os atendimentos. “Quando tive o primeiro contato com o CVV, me reconheci de outra forma. Minha vida começou a caminhar de uma maneira melhor, mas isso é um processo, pois ainda estou em constante mudança.”
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O CVV foi fundado em 1962, em São Paulo, e é uma ONG reconhecida como Utilidade Pública Federal desde 1973. O propósito da organização é prestar serviços comunitários e gratuitos de apoio emocional e prevenção ao suicídio para todos que precisem conversar e desabafar, garantindo total sigilo e anonimato.
Após conhecer e fazer parte, Vitor percebeu o quanto o projeto é fundamental para as pessoas que precisam de acolhimento e compreensão. “Poder ajudar o próximo é o que me move. O sentimento de dever cumprido e bem-estar ao desligar o telefone, pensando que eu colaborei e dei suporte para os sentimentos de outra pessoa é muito bom.”
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Origem do Movimento
A campanha começou em 1994, com o suicídio de Mike Emme, nos Estados Unidos. De acordo com a família, o jovem de 17 anos era conhecido por sua generosidade e habilidades mecânicas. Sozinho, conseguiu restaurar um Mustang 68 e pintou de amarelo.
A família e os amigos não conseguiram perceber os sinais de que Mike precisava de ajuda e vinha sofrendo de depressão. Cartões amarelos foram espalhados durante o seu velório com a frase: “Se precisar, peça por ajuda”. A notícia da ação foi espalhada e tomou grande proporção.
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Jovens por todo o mundo simpatizaram com o movimento e passaram a utilizar os cartões quando sentiam necessidade de pedir ajuda a pessoas próximas. A partir disso, a fita amarela se tornou o símbolo do programa que incentiva a atenção ao suicídio.
No Brasil
Em 2015, a campanha do Setembro Amarelo chegou oficialmente ao Brasil. O CVV, em parceira com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), associou a cor amarela ao mês de setembro, que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, no dia 10/9.
Com o passar do tempo, escolas, universidades, entidades públicas e privadas abriram espaço para contribuir com o projeto e a população em geral se engajou para levantar a pauta da saúde mental.
Seja voluntário
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Para se voluntariar é preciso ter mais de 18 anos e ter, pelo menos, quatro horas semanais disponíveis para realizar os atendimentos. Assim, poderá ser um plantonista do Programa de Apoio Emocional do CVV. Para isso, é preciso participar de um curso gratuito de preparação de voluntários em uma das sedes ou on-line. As principais frentes de atuação do plantonista são o atendimento por telefone, voip e chat.
Também é possível ser um voluntário-especialista, auxiliando com seus conhecimentos e habilidades próprias como, por exemplo, na divulgação, captação de recursos ou tecnologias.
Procure ajuda
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O contato com o CVV é feito pelo telefone 188, 24 horas e sem custo. Pelo site também é possível passar pelo atendimento. Nestes canais, são realizados anualmente mais de três milhões de atendimentos em todo o país, por cerca de quatro mil voluntários localizados em 24 estados e o Distrito Federal.
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