Vendas acontecem em semáforo da Av. Capitão Mor-Aguiar / Nair Bueno/ DL
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A correria do dia a dia faz com que, muitas vezes, os trabalhadores saiam de casa sem tomar uma das bebidas mais famosas na mesa dos brasileiros: o café. Mas quem passa pela Avenida Capitão Mor-Aguiar, em São Vicente, pode aproveitar a parada no semáforo para tomar seu café sem sair do carro. Há dois anos, o estudante Rhiquelme Ivan Morais Ferreira, de apenas 15 anos, sai de casa às 7h da manhã, com uma garrafa térmica, café quentinho e muita simpatia.
A ideia surgiu no início da pandemia e, recentemente, ganhou destaque nas redes sociais. O jovem empreendedor tem o sonho de, futuramente, cursar Administração e abrir seu próprio negócio.
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"Eu queria muito ter a minha independência financeira. Quando começou a pandemia, vi um amigo vendendo bala no semáforo e nunca tinha pensado em vender na rua, mas cheguei em casa e comentei com minha mãe. Então, ela sugeriu pensar em algo diferente e deu a ideia do café", conta Rhiquelme.
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A bebida é preparada pela própria mãe, Andressa Morais, que é mineira. De segunda à sexta-feira, Rhiquelme vende o café no cruzamento da Avenida Capitão Mor-Aguiar com a Rua Marquês de São Vicente.
O freguês pode escolher o copo pequeno, que custa R$ 2,00, ou grande, por R$ 3,00.
"Vendo 800ml de café por dia, o que dá, em média, 32 copos pequenos. Já o grande vai com a quantidade de café desejada pelo freguês, por isso é difícil calcular uma quantidade exata", explica.
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Rhiquelme conta ser bem-recebido pela maioria dos clientes. "Lidar com o público tem muita diversidade, alguns fecham o vidro e nem olham para mim, mas a maioria é incrível e me ajuda muito".
Apesar da atividade, o jovem faz questão de deixar claro que sua prioridade são os estudos. Atualmente, ele cursa o 1º ano do Ensino Médio no período noturno e também faz curso de Espanhol.
Após o compartilhamento de uma foto de Rhiquelme nas redes sociais, feito por um cliente, o jovem já recebeu inúmeras propostas de emprego. "A maioria das pessoas pensa que eu sou mais velho, que já tenho 18 anos, mas no momento não posso trabalhar, por conta dos estudos".
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Incentivado pela mãe, Rhiquelme destaca que sempre pede a orientação dos pais na tomada de qualquer decisão.
Andressa Morais confessa que a repercussão do caso assustou a família no início, mas depois ela pôde conhecer, mesmo que virtualmente, muitos clientes do filho. "Eu gosto de saber com quem meu filho está lidando e, ver as pessoas elogiando ele, me fez ter a certeza de que não sou só uma mãe orgulhosa do filho, mas que ele está em um bom caminho".
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