Falta de água virou rotina na Esplanada dos Barreiros, em São Vicente

Chegar em casa depois de um dia duro de trabalho e não poder tomar um banho ou simplesmente lavar as mãos. Depois, não ter como fazer um jantar, lavar a roupa e até beber um copo de água.

Essa é a rotina de dezenas de moradores e moradoras da Esplanada dos Barreiros, em São Vicente, que há meses lidam com a falta de água em suas residências. A torneira seca já virou o principal problema da comunidade.

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"As torneiras estão secas durante o dia inteiro e a água só retorna uma vez ao dia, às 6h30 da manhã. Tivemos um domingo terrível pra não dizer outra coisa. Não tivemos uma gota de água. Está péssima a nossa situação, afirma Alexandre Souza, que mora na Rua Caruaru, 62.

Simone de Oliveira, que também mora na Caruaru só que no número 81, afirma que a falta de água também é constante. Isso ocorre também nas residências de número 86 e 50. Os moradores afirmam que, por inúmeras vezes, acionaram a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), concessionária responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto, mas nada é resolvido.

"A SABESP está agindo de má fé com os moradores do bairro Esplanada dos Barreiros. Podem ir em qualquer vizinho que eles irão relatar o absurdo", completa Souza.

SABESP

Semana passada, a Reportagem entrou em contato com a Sabesp que, antes de responder sobre a falta de água, solicitou o endereço completo do imóvel onde haveria qualquer anormalidade nos serviços de saneamento para que, após uma vistoria, fossem tomadas as medidas técnicas para regularizar a situação.

Segundo a concessionária, uma equipe iria realizar uma vistoria na altura do número 62 da Rua Caruaru para avaliar o caso e assim prestar os devidos esclarecimentos e tomar as providências cabíveis.

Ontem, procurada pela Reportagem mais uma vez, a concessionária disse, em nota, que uma equipe realizou vistoria técnica no local, junto com os moradores, e confirmou que o abastecimento de água se encontra normalizado. Inspeções feitas comprovaram que o sistema de distribuição local opera de forma adequada.