São Vicente

Eleições 2024: saiba quais são as propostas de Rui Elizeu para São Vicente

Série de reportagens do Diário do Litoral irá informar o eleitor sobre o plano de governo dos candidatos às prefeituras do Litoral de SP

Luana Fernandes

Publicado em 23/09/2024 às 20:49

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Advogado Rui Elizeu concorre ao cargo de prefeito pela primeira vez / Divulgação

Os nomes dos candidatos às nove prefeituras da Baixada Santista já foram divulgados pelo TSE. O que resta ao eleitor é conhecer quais propostas estão sendo apresentadas por eles. Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, Segurança, e outros assuntos fazem parte do interesse público. 

Por isso, a reportagem do Diário do Litoral lança uma série de entrevistas com os 45 prefeituráveis da Baixada Santista para saber quais são os planos para a Região nos próximos anos.

Desta vez, a reportagem do Diário do Litoral conversou com o candidato Rui Elizeu (PSOL) que tenta ocupar a cadeira do Executivo de São Vicente. O advogado concorre ao cargo de prefeito pela primeira vez. Em 2020, Rui Elizeu de Matos Pereira também entrar no Executivo da cidade como vice-prefeito.

Confira as propostas de Rui Elizeu para São Vicente

Diário do Litoral - Quais são os planos do candidato para a Saúde?

Rui Elizeu: “A cidade de São Vicente vive um colapso na saúde pública, provocado pela demolição irresponsável do CREI do Centro e do fechamento do PS do Parque das Bandeiras, transformado numa UBS em horário comercial, ficando apenas uma ambulância à noite, sem atendimento. Nossa proposta é a reabertura do PS do Parque das Bandeiras como Pronto Socorro 24 horas, reconstrução do PS da Cidade Náutica, abandonado há décadas, e a construção de uma UPA 24 horas no terreno que abrigava o antigo CREI no centro da cidade”.

DL - E para a Educação? O que está planejado?

Rui: “Primeiramente, o imediato encerramento dos processos administrativos disciplinares que caracterizam assédio moral aos professores e demais profissionais da educação. Há uma ameaça direta de punição caso eles não apoiem politicamente a gestão ou sejam críticos com o seu trabalho pedagógico, que deve ter autonomia. A realização de novos concursos públicos, eis que faltam professores, em especial intérpretes de LIBRAS e professores de educação especializado em alunos elegíveis. Temos muitos casos de crianças com todo tipo de deficiência física ou elegível, limitações de locomoção ou intelectuais que não dispõem de atendimento especializado do professor Especialista em Educação Especial, mesmo após a condenação da Prefeitura em ações judiciais movidas pela Defensoria e Ministério Público. Há, ainda, a necessidade da valorização da carreira docente, com aumento de salários compatíveis com o orçamento da cidade”.

DL - Há ações no Plano de Governo para as áreas de Meio Ambiente e Saneamento?

Rui: “Já começamos com a nossa atuação judicial nesses cinco anos de oposição direta à atual gestão. Fechamos três lixões clandestinos com processos judiciais: Angelina Pretti, Ponte dos Barreiros (antiga fábrica de sardinha, atual canteiro de obras do VLT) e dentro do Jóquei Club de São Vicente. Precisamos cobrar da SABESP a expansão da rede de água potável e esgoto, trabalhar para uma solução para a Fazendinha, onde dedicamos um capítulo inteiro de nosso plano de governo para essa comunidade, que abriga milhares de pessoas, numa área degradada e sem nenhum serviço público ou atendimento. Precisamos, ainda, rever o contrato de coleta de lixo, o fim dos lixões clandestinos e pátios de transbordo, propor uma nova política pública de gestão de RCC (Resíduo de construção Civil) e a reorganização da coleta de lixo tóxico e hospitalar”.

DL - O que o candidato planeja para Mobilidade Urbana?

Rui: “Temos denunciado as inúmeras ilegalidades e desmandos do contrato de transporte coletivo municipal com a SOU, o valor enorme da passagem (R$ 3,50 do usuário, mais incentivos e incrementos com dinheiro público que elevam a passagem a R$ 12,00 reais a unidade), sendo o quilômetro mais caro da região. Dedicamos a denunciar a falta de ônibus, atrasos nas linhas, carros de idade avançada e em número menor do que o contratado, falta de garagem própria e o uso do centro de convenções da cidade como garagem. Nossa proposta é a completa reformulação do sistema, com uma nova licitação, inclusive com a presença de cooperativas de transportes coletivos, reorganização das linhas, revisão do envio de dinheiro público da cidade para subsidiar a SOU, com estudos econômicos para a implantação, no futuro, de tarifa zero, se for viável. Bem como a criação imediata de um conselho municipal de transportes, que terá como missão fiscalizar a atuação e qualidade dos serviços de transporte público municipal”.

DL - O que está planejado para Segurança caso retorne ao Executivo nos próximos anos?

Rui: “Não precisa reinventar a roda! São Vicente é uma ilha, com poucos acessos à capital, às cidades de Praia Grande, Santos e Cubatão ou com sua área continental! Propomos o fim dos totens alugados que multam os carros e não atendem os casos de violência urbana, por um plano sério de instalação de câmeras de monitoramento, aos milhares, em vias especiais, vias rápidas, ligação com as rodovias e locais com excesso de ocorrências policiais. Há a necessidade de criação de um verdadeiro CCO (Centro de Controle Operacional), capaz de gerir o monitoramento dessas câmeras de segurança e a integração dessas imagens com a Polícia civil, militar e Marinha do Brasil. Além do investimento em policiamento preventivo e em inteligência investigativa, pretendemos profissionalizar e capacitar a guarda municipal aumentando o seu efetivo e as exigências de recrutamento, treinamento e remuneração digna, inclusive com o pagamento de adicional de periculosidade”.

DL - O candidato tem planos para a pasta de Emprego?

Rui: “Temos a convicção de que há duas saídas para a economia da cidade de São Vicente, hoje apenas uma cidade dormitório, sem indústrias e perdendo as poucas que haviam, vivendo apenas da arrecadação de IPTU e ISS sobre serviços. O comércio do centro da cidade voltará a ser pungente! Graças a readequação da estratégia de transporte coletivo, trazendo o vicentino de volta ao centro da cidade, como local de compra, lazer e convivência. Propomos a retomada profissional do Turismo, com a criação de uma política pública competente. Reabertura e restauro de bens tombados e patrimônios turísticos e culturais, como o Porto das Naus, Mercado Municipal, Fonte dos Escravos, Casa Martim Afonso, Cine 3D, CEU das Artes do Humaitá e, obviamente, a construção de incentivos para manutenção e ampliação das atividades do Instituto Histórico e Geográfico. Planejamos a retomada dos festejos de carnaval e, ainda, um incremento e maior investimento na encenação do aniversário da cidade”.
 

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