ECONOMIA
O público tomou conhecimento a respeito desta situação na última terça-feira (8), após a decisão ter sido publicada no Diário Oficial de São Vicente
Ainda segundo o prefeito, a Cidade precisa fazer uma mudança econômica / Divulgação/PMSV
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A declaração de situação de emergência financeira em São Vicente é o primeiro sinal de que o Município deverá entrar em um momento de aperto econômico. Ao menos é nisso que o atual prefeito, Kayo Amado, acredita.
O público tomou conhecimento a respeito desta situação na última terça-feira (8), após a decisão ter sido publicada no Diário Oficial de São Vicente. Segundo o decreto 6.244/2023, a Administração Municipal aponta que a emergência financeira se dá devido a queda nas metas de arrecadação. Kayo Amado afirma que o problema se inicia em Brasília, mas acaba afetando a Cidade de forma direta.
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"É um momento de apertar o cinto. É um momento difícil, motivado por um momento que todo mundo que está assistindo sabe. A economia do Brasil não vai bem, a gente tá vivendo um momento mais dramático e isso está afetando no bolo de arrecadação que fazem no Governo Federal, lá em Brasília. Quando afeta a arrecadação do bolo, a fatia que chega pro município é menor e é exatamente isso que tá acontecendo. Isso impacta na dinâmica da cidade, mas o decreto serve justamente pra gente garantir o essencial, se esforçar para garantir que o essencial não falte para as pessoas o serviço na ponta", explica.
O chefe do Executivo vicentino compara a atual situação com a crise sanitária e os problemas com a vacinação na Cidade, mas afirma ter confiança de que o problema será superado. Além disso, ele afirma que o Município segue funcionando de maneira plena e atendendo todas as necessidades fundamentais.
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"A gente tem recursos que são recursos de investimento e recursos de custeio que são de uma forma geral da administração pública, para você pagar uma conta, para você pagar um profissional, pra você pagar uma máquina locada, alguma coisa assim. Esses são recursos para custear o dia a dia. E existem recursos que são de investimento. Obras, por exemplo, como a gente está fazendo na cidade. São recursos específicos para investimento que eu não poderia pegar esse dinheiro pra pagar conta, pra colocar nesse dia a dia que tá faltando com essa queda dos reparos. Isso não é possível".
Amado explica ainda que as obras que já estão prontas para iniciar não devem sofrer mudanças, uma vez que essa verba já está separada e destinada, mas o mesmo não pode ser dito para eventuais investimentos futuros.
"Obras, por exemplo, do canal da linha vermelha que vai começar, que é importante, a ciclovia Antônio Emmerich, aqui no Centro da cidade, as coberturas que vai começar, a obra da orla do Gonzaguinha que tá na reta final. Nada disso é impactado porque são recursos específicos carimbados e já destinados para obra, para investimento, para infraestrutura turística, para infraestrutura de drenagem urbana, nada disso é impactado pela queda de repasse, porque não há uma coisa na outra", conclui.
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Ainda segundo o prefeito, a Cidade precisa fazer uma mudança econômica para que ela venha a depender menos de recursos federais, mas isso só pode ser realizado com um longo tempo de administração.
"Dos 645 municípios do estado de São Paulo, a gente está na posição 597 em termos de municípios que dependem dos recursos externos. É um cenário bastante desafiador e é uma matriz econômica que a gente tem que mudar no tempo. A gente tem incentivado muito a construção civil na cidade para ampliar o número de habitações e a verticalização da cidade. A gente tem feito obras de infraestrutura turística para fazer crescer o comércio novamente, para fazer crescer o turismo na cidade. O turista vem, deixa recurso, isso é bom pra economia e a gente tem buscado se aproximar da questão portuária pra fazer a ampliação na área continental de uma infraestrutura retroportuária, temos trabalhado com isso, mas isso são sementes que a gente planta que vão dar resultado ao longo do tempo. Hoje o abacaxi que a gente tem que desgastar é esse, é agora e a gente tem que lidar com isso, uma cidade que é dependente desses repasses", finaliza.
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