SAÚDE

Vacinas contra a gripe terminam em Santos

Município afirma que já requisitou mais doses, mas ainda não tem estimativa de quando elas devam chegar

Da Reportagem e Folhapress

Publicado em 16/12/2021 às 13:40

Atualizado em 16/12/2021 às 13:40

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A Secretaria de Saúde de Santos orienta que a população mantenha os cuidados para evitar doenças respiratórias: uso de máscaras, evitar aglomerações e higienização das mãos / Divulgação/PMS

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As 150 doses que restaram da campanha de vacinação contra a gripe em Santos e foram remanejadas para três policlínicas se esgotaram nesta quinta-feira (16). O Município solicitou mais cinco mil doses ao Governo do Estado de São Paulo, mas não há previsão de envio.

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A Secretaria de Saúde de Santos orienta que a população mantenha os cuidados para evitar doenças respiratórias: uso de máscaras, evitar aglomerações e higienização das mãos.

SINTOMAS.
Indisposição que impede de sair da cama, dor no corpo, febre alta e persistente, coriza, lacrimejamento e falta de ar são sinais de que pode ser preciso procurar ajuda médica logo. Esses são os principais sintomas da gripe, que voltou a ganhar força em São Paulo nos últimos dias.

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O vírus influenza A H3N2, o mesmo associado à recente epidemia de gripe no Rio de Janeiro, está circulando na capital paulista e já provoca aumento de atendimentos em prontos-socorros e internações em hospitais públicos e privados.

É comum que se confundam os sintomas da gripe com os da infecção causada pelo novo coronavírus. Em São Paulo, por exemplo, a prefeitura decidiu aplicar testes de Covid em todos os pacientes que procurarem a rede de saúde pública com sintomas gripais.

A certeza só pode ser dada pelo teste, mas, de acordo com os sintomas e com a forma com que se apresentam ao longo do tempo, dizem médicos ouvidos pela reportagem, é possível ter pistas de qual vírus infectou o paciente.

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"Os sintomas de uma gripe são bastante exuberantes", afirma o infectologista Jamal Suleiman, do Instituto Emílio Ribas. "Está na cara quando uma pessoa está gripada", diz o médico.

No caso da gripe, o infectado costuma ficar muito mal no início da doença, em até 48 horas, com muita febre, diz Suleiman. Quando o caso é de Covid, essa situação é menos comum no começo.

A indisposição de uma pessoa gripada é grande já no princípio, reforça a médica Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia). "Ela não consegue levantar da cama para ir trabalhar, por exemplo, não tem apetite."

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O acometimento pela gripe costuma durar de sete a dez dias.

No caso da Covid-19, explica Diniz, a pessoa normalmente tem dores musculares que às vezes duram horas e desaparecem. Ao longo dos dias, mais sintomas podem aparecer: do quinto ao oitavo dia, o paciente pode perder o paladar e olfato.

No décimo dia, se o paciente for ter uma evolução ruim da Covid, ele começa a sentir uma maior falta de ar, afirma ainda Diniz.

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Outra confusão comum é com o resfriado, condição causada por outro vírus. Nesse caso, porém, os sintomas são brandos, como uma obstrução nasal, discreta, por exemplo, diz Suleiman.

Fique de olho nos sintomas da gripe Indisposição Mal-estar Dor no corpo Febre alta e persistente Lacrimejamento Falta de ar Os principais sintomas da gripe costumam aparecer em 24 ou 48 horas. É nesse período que a pessoa gripada deve procurar ajuda médica.

Diniz explica que o tratamento pode incluir antivirais, como o oseltamivir (conhecido pelo nome comercial Tamiflu).

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Além do tratamento com antivirais, é preciso medidas de suporte, como uso de antitérmico, hidratação, repouso e oxigênio, se for caso.

Para o pediatra Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), ante a possível confusão com a Covid, o importante é a testagem para a influenza.
"Especialmente nos grupos de risco, a gente pode instituir um tratamento precoce e prevenir as complicações das formas graves da doença", diz.

A atenção deve ser redobrada com grupos mais vulneráveis: crianças com menos de cinco anos, idosos, grávidas, puérperas, pessoas com deficiências imunológicas ou com doenças autoimunes, e ainda as que têm quadro respiratório crônico, como asma e bronquite.

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"No caso das crianças menores de cinco anos, cujo sistema imunológico ainda está em formação, e as vias aéreas são pequenas, a secreção que se produz na gripe pode provocar uma obstrução da passagem da respiração, levando a uma insuficiência respiratória", explica Diniz.

Tratamento Procure atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas Antiviral Antitérmico no caso de febre Medicação para dor Hidratação Repouso Oxigênio no caso de pessoas com doenças respiratórias Ficar atento às comorbidades que o paciente já tem Segundo Diniz, o vírus influenza é tão grave quanto o coronavírus. "Alguns pacientes com comorbidades, cardiopatas, hipertensos ou diabéticos podem descompensar a doença primária", diz a médica, citando quadros que podem levar, inclusive, a internações.

De acordo com a imunologista, são vistos altos índices de infarto em pessoas infectadas pela influenza que tenham alguma cardiopatia. Há risco também de AVC (acidente vascular cerebral).

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A influenza sazonal já era esperada, segundo os médicos ouvidos pela reportagem.

O infectologista Suleiman lembra que as pessoas passaram os dois últimos invernos relativamente protegidas, com uso de máscaras e sem aglomerar. Com a flexibilização, diz, vírus como o da influenza passam a circular mais.

"Agora com a retomada, com as escolas funcionando e com o arrefecimento da circulação do novo coronavírus, surgiu uma janela, uma oportunidade de outros vírus emergirem", completa Kfouri.

Segundo os especialistas, o melhor a ser feito neste momento para evitar a gripe é continuar com os mesmos cuidados contra a Covid, ou seja, uso máscaras, evitar aglomerações, lavar as mãos e usar álcool em gel.

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