Meio Ambiente

Torres vão 'invadir' Parque Estadual e outras cinco unidades de conservação no Litoral

Ambas as linhas são de responsabilidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP)

Nilson Regalado

Publicado em 25/06/2024 às 06:25

Atualizado em 25/06/2024 às 08:29

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Ambas as linhas são de responsabilidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). E a Empresa Litorânea de Transmissão de Energia S.A. (ELTE) é quem executa os serviços / Nair Bueno / Diário do Litoral

Os traçados da futura Linha de Transmissão 345 kV Tijuco Preto – Baixada Santista e da futura Linha de Transmissão 138 kV Vicente de Carvalho-Bertioga vão atravessar o Parque Estadual da Serra do Mar e outras cinco unidades de conservação ambiental. As 63 torres e os fios de alta tensão também “cortarão” trechos da Área de Proteção Ambiental Santos Continente, da APA Serra de Santo Amaro, da Área Natural Tombada da Serra do Mar e de Paranapiacaba, da Área Natural Tombada Vale do Quilombo e do Antigo Sistema Funicular de Paranapiacaba e Remanescentes. 

“As supressões (desmatamento) se sobrepõem, embora parcialmente, a áreas de prioridade extremamente alta para a conservação”, resumiu o Ibama em parecer técnico expedido em outubro de 2023. As licenças ambientais para o empreendimento foram concedidas pela Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), após consulta ao Ibama e à Fundação Florestal do Estado.

Ambas as linhas são de responsabilidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP). E a Empresa Litorânea de Transmissão de Energia S.A. (ELTE) é quem executa os serviços de construção dessa infraestrutura. O objetivo é reforçar o fornecimento de energia elétrica à Região Metropolitana da Baixada Santista.

Na prática, as linhas de transmissão irão operar em diferentes tensões, partindo de uma subestação de energia que também está em fase de construção. Denominada Domênico Rangoni, essa subestação será responsável por converter a tensão de entrada, de 345 kV para uma tensão de saída de 138 kV.

No total, essa infraestrutura para conversão das tensões ocupará 10,68 hectares, o equivalente ao espaço de dez campos de futebol, embora a área construída prevista seja de 4,4 hectares, espaço similar ao de quatro campos de futebol.

A primeira linha de transmissão a cargo da ELTE terá 19,55 quilômetros de extensão e uma faixa de servidão de 55 metros de largura. Batizada com o código LT 345 kV, ela atravessará os territórios de Cubatão, Santos e Guarujá até chegar na subestação Domênico Rangoni.

Da subestação partirão linhas paralelas, as LTs de 138 kV com 3,94 quilômetros e 3,72 quilômetros de extensão cada. Ambas terão uma faixa de servidão compartilhada de 52 metros de largura.

No total, as áreas afetadas pelo empreendimento compreendem um espaço maior que o autorizado para desmatamento, constituindo-se de um espaço com 137,13 hectares. Todo esse universo impactado compreende as respectivas áreas de servidão, espaço que fica em ambos os lados das torres e dos cabos de alta tensão suspensos.

No total a LT 345 kV terá 45 torres e um pórtico, enquanto as LTs 138 kV terão nove torres cada uma, além de dois pórticos. Essas áreas necessárias à implantação das áreas de servidão foram declaradas de utilidade pública em 2022.

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